sábado, 30 de junho de 2007

BLOGS MARAVILHA E LIVROS QUE FORAM REFERÊNCIA

Fui nomeado por 3 vezes como Blog Maravilha! E desta vez tive mesmo dificuldades em escolher os blogues a destacar para este desafio, porque a blogosfera que eu conheço está cheia de blogues e de pessoas fantásticas e fascinantes. Procurei não repetir nenhum dos blogues que tenho destacado noutros desafios e o critério desta vez teve a ver com a intimidade e o factor pessoal que os blogueiros (as) colocam nos seus blogues e posts (excepção para o Nothing and All, que eu acho que devo mencionar pela informação e pelo rigor com que é feito). Então, aqui ficam (como eu disse ao Shelyak fico com pena de não poder nomear 7 vezes 7):


1. Podem participar na votação todos os bloggers que mantenham blogues activos há mais de um mês [os outros esperem por outra ideia brilhante que alguém irá ter]. 2. Cada blogger deverá referenciar sete nomes de blogs. A cada menção corresponde um 1 voto. 3. Cada blogger só poderá votar uma vez, e deverá publicar as suas menções no seu blog [da forma que melhor lhe aprouver], enviando-as posteriormente para o seguinte e-mail: 7.maravilhas.blogoesfera@gmail.com . No e-mail, para além da escolha, deverão indicar o link para o post onde efectuaram as nomeações. A data limite para a publicação e envio das votações é dia: 01/07/2007.4. De forma a reduzir alguns constrangimentos [e desplantes], e evitar algumas cortesias desnecessárias, também são considerados votos nulos:- Os votos dos blogger(s) em si próprio(s) ou no(s) blogue(s) em que participa(m);- Os votos no blog O Sentido das Coisas. No dia 7.7.2007 serão anunciados os vencedores e disponibilizadas todas as votações.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
A Alice passou-me esta batata quente para indicar 5 livros que li ou que estou a ler e que constituíam referências para mim. É claro que os meus referenciais de livros são dezenas, se não centenas. Mas num esforço de síntese aqui ficam os 5. Passo esta batata quente aos blogs que mencionei em cima. Me desculpem, mas tudo o que tenha a ver com livros eu não resisto!
Jardim Colonial de António José Saraiva - o antigo Director do Expresso e actual Director do Sol é também um romancista de talento. Este romance conta a vida de pessoas como nós, com os seus empregos, as suas dúvidas, as suas vidas...

Quando uma palavra não basta de Isabel Moreira - um livro intenso, que tem que ser lido mais do que uma vez tal a maneira como nos toca. Ainda por cima, a autora é filha do professor que mais me marcou na minha vida académica, Adriano Moreira.

Hoje Não de José Luís Peixoto - Comecei agora a ler mas já deu para perceber da qualidade da escrita e das palavras de Peixoto, conterrâneo da minha mãe, ambos naturais da vila de Galveias em Ponte de Sor no Alto Alentejo.

Acidente Vascular Cerebral da Dra. Maria Celeste Vagueiro - uma obra que me foi oferecida pela autora, expoente máximo em Portugal nesta doença que atinge tantos portugueses e para a qual deveríamos estar melhor informados e preparados.

Porque que é que os homens nunca ouvem nada e as mulheres não sabem ler os mapas de estrada - bom, li, reli, voltei a ler, a pensar que ia perceber melhor o género feminino da minha espécie mas confesso que acabei o livro com a mesma ignorância com que o comecei... Talvez um dia Homens e Mulheres ainda venham a viver no mesmo planeta... Até lá, vamos vivendo com estas discrepâncias porque se calhar são elas que alimentam e apimentam a vida!!!

quarta-feira, 27 de junho de 2007

A JUSTIFICAÇÃO MAIS FÁCIL DE DAR: PORQUE SIM!

Amo-te sem saber quem és,
Amo-te sem saber se existes,
Se calhar porque de ti necessito...
Ou talvez por assim estar escrito!

Amo o teu olhar... que não conheço!
Os teus lábios... que só posso inventar!
E o teu rosto...
que só me deixas imaginar!


Amo-te por se calhar és
A imagem que eu procuro...
Amo-te porque deves ser o Deus
Que não consigo encontrar...
Amo-te porque não sei se és real!

Mas se os teus dedos digitam
Pétalas suaves...
Eu quero estar entre elas,
E poder dizer assim:
AMO-TE... PORQUE SIM!

(um dia destes deitei-me com o bloco de apontamentos ao lado e quando acordei na manhã seguinte tinha escrito o que leram... eu ou a minha parte sonâmbula!!!)

terça-feira, 26 de junho de 2007

O Presidente da Câmara de Sintra, benfiquista acérrimo e meu antigo ilustríssimo Professor de algumas cadeiras de Direito, Fernando Reboredo Seara, veio aventar (como se diz no Alentejo da minha mãe!) cá para fora mais uma acha para a fogueira do novo aeroporto: ele defende a Portela Mais Dois! A ideia, contudo, não é original, pois eu sou defensor acérrimo da Portela Mais Dez, onde incluo o aeroporto da Playmobil do meu sobrinho de 2 anos!
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Se eu fosse dono de uma empresa tentaria contratar Joe Berardo para Director de Marketing. É claro que ele não aceitaria mas pelo menos a repercussão da intenção faria com que a minha empresa fosse divulgada aos quatro ventos... Pois, o Museu ainda nem 24 horas tem de portas abertas e Berardo já se incompatibilizou com Mega Ferreira, Director do CCB. Depois da propalada OPA sobre o Benfica, Berardo ainda reserva muita imaginação para divulgar o «seu» Museu.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Uma empresa de transportes da Margem Sul do Tejo encontrou uma maneira muito original de castigar os funcionários que aderiram à Greve Geral - ou mesmo só os que pretendiam aderir: não, não os despediu nem lhes moveu qualquer processo disciplinar! Foi muito mais soft: arranjou uns horários em que esses funcionários trabalham, por exemplo, 2 horas ao amanhecer, depois mais 2 ou 4 horas a meio do dia e mais 2 horas pela noite dentro! Já agora, o melhor mesmo será eles dormirem dentro dos autocarros! E viva a Democracia! Não se pode recuar no tempo uns 30 anos?
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Hoje é o Dia Internacional Contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas. Tráfico ilícito? Então, se há tráfico ilícito, é porque também há tráfico lícito! Não é por nada, mas eu só queria perceber...


Tabagisticamente falando foi divulgado que quem vai decidir se se pode ou não fumar nos restaurantes são os proprietários destes estabelecimentos de comes e bebes. Fico incrédulo: então os donos dos restaurantes foram promovidos a legisladores? Não é por nada mas eu só queria perceber...

segunda-feira, 25 de junho de 2007

O PLANETA BERARDO!

Até há pouco tempo atrás poucos sabiam exactamente quem era Joe Berardo. Este empresário madeirense primava pela subtileza e pela discreção. Mas, de um momento para o outro, Joe Berardo tornou-se numa das mais mediáticas figuras em Portugal, aparecendo em tudo o que é televisão, revista ou jornal. Toda esta exposição terá a ver com certeza com uma outra exposição/museu que é inaugurado hoje à noite - o Museu Berardo, com um conjunto de 200 obras de arte, resultante de um acordo entre o empresário e o Governo.

Emigrante na África do Sul, Joe Berardo intensificou os negócios em Portugal no princípio da década de 90. Em 1993 protagonizou indirectamente um dos episódios mais rocambolescos na Comunicação Social quando comprou 10% da SIC. Pinto Balsemão estava aflito por capital - o Expresso dava muito dinheiro mas não chegava para tudo - pois as audiências na SIC na altura estavam muito baixas, e viu como uma lufada de ar fresco a entrada de Berardo como accionista da SIC. O próprio Balsemão compilou uma notícia sobre o assunto para a 1.ª página do Expresso, que entregou ao então director, José António Saraiva, para sair exactamente como estava sem cortes nem acrescentos. Saraiva passou o pequeno texto a Joaquim Vieira, então Director-Adjunto daquele semanário - e considerado o melhor jornalista português - com o aviso que o texto não podia ser mexido.

Mas como a notícia era muito pequena, Joaquim Vieira acrescentou por sua iniciativa uma frase em que dizia que Joe Berardo tinha casos pendentes em tribunal. Resultado: criou-se um mal-estar na direcção do Expresso, Vieira - que tinha sido nomeado pelo próprio Balsemão - foi levado a demitir-se, e o jornal perdeu desde aí aquela isenção que fizeram dele um periódico acima de qualquer suspeita.

Uns anos depois, Joe Berardo adquiriu algumas das mais prestigiadas marcas de vinhos portugueses e instalou-se na Quinta da Bacalhôa em Azeitão. Conhecido como um exímio coleccionador de arte algumas das suas centenas de obras de arte vão ficar expostas a partir de hoje no CCB, em Lisboa. Os jornais hoje noticiavam que o valor da colecção é 6 vezes superiores ao valor da OPA lançada por Berardo ao Benfica. Num país onde «não acontece nada», Joe Berardo vai ser com certeza a figura do ano em Portugal.

domingo, 24 de junho de 2007

ONTEM HOUVE ARRAIAL E ESPECTÁCULO MUSICAL!

Ontem à noite, à socapa esgueirei-me para o meio da confusão, misturei-me anonimamente com a multidão e aproximei-me do meu objectivo tanto quanto possível. A coberto da noite e do breu fixei o alvo à minha frente, fiz demorada pontaria e... comecei a disparar sem dó nem piedade! E disparei várias vezes seguidas e em vários ângulos! No fim, olhei para o resultado dos meus disparos e consternadíssimo vi aquilo que tinha feito: muito daquilo que tinha almejado não estava concretizado. Voltei a levantar os olhos e a disparar de novo, para me certificar que conseguia ir até ao fim da minha missão...

E mais coisa menos coisa lá consegui obter umas fotografias razoáveis, apesar das muitas cabeças à minha frente e da luz não ser a melhor! Bom, o que é que vocês estavam a pensar? Que eu tinha agarrado numa arma e a coberto da anonimato havia andado a disparar para atingir alguém? Não, nada disso, a minha arma era a máquina fotográfica e o meu alvo eram o Toy e as suas bailarinas que deambulavam no palco principal das festas cá do meu burgo! Se atingi alguém foi na alma!

Não é por um jornalista da TVI ter inventado o termo «pimba» (decalcado do «Pimba, Pimba» do Emanuel) em 1995 para designar um certo tipo de música e de artistas em Portugal que eu deixaria de ir ver o Toy, hehehe. Nunca o tinha visto ao vivo e tinha curiosidade de saber como se comportava ele fora das televisões. Lembro-me do Toy quando apareceu no pela 1.ª vez no Festival RTP da Canção em 1991 (com a canção E até quando?, 6.ª lugar) e pensei que ali estaria o sucessor de Marco Paulo, até porque havia algumas semelhanças físicas e na voz. Mas não: Toy, além de cantor, é compositor e um excelente comunicador, humorista e improvisador. Apesar de muita gente o ligar apenas a este género de música ele já fez vários musicais para teatro, bandas sonoras para telenovelas e escreveu - e escreve - guiões para programas de televisão. É também um defensor da música portuguesa, que bem precisa de ser defendida em todas as suas vertentes.

Não assisti ao espectáculo todo nem o ouvi interpretar os seus temas mais conhecidos. Ele optou por um alinhamento mais brejeiro, talvez tendo em atenção o tipo de público. No entanto, sei que ele fez um excelente espectáculo em Março passado na Casa do Artista, mais intimista e com recurso a outro repertório.

Não sou fundamentalista em relação à designada «música pimba» (embora não seja seu consumidor), em especial desde que atento nas letras e na batida de muitos dos êxitos que vêm lá de fora, em especial dos states. O que para nós é consumido como grande música, nesses países é música pimba. Não nos damos conta disso mas é assim,. Nós, portugueses sempre apreciámos o que vem de fora em detrimento do que por cá se faz. Não é de agora, já vem do tempo em que nós, portugueses, demos início à globalização.

Também sou defensor da música portuguesa, a que eu acho ser de melhor qualidade musical e de mensagem foi a produzida durante todos os anos 70 e princípio dos 80. Depois das multinacionais do disco terem «morto» o rock português que despontou nos anos 80, ficaram alguns grupos e alguns intérpretes que têm feito coisas muito boas. Mais recentemente têm aparecido excelentes músicos e muito bons temas que só dignificam a música portuguesa e a colocariam a par da música feita em qualquer outro país, não fossem os poderosos lobbies anglo-saxónicos.


Eis alguns nomes de portugueses que fazem ou fizeram música e que estão sempre nas minhas listas de preferências musicais: Amália, Carlos do Carmo, Fernando Tordo, Pedro Barroso, Paulo de Carvalho, Tony de Matos, Sérgio Godinho, Jorge Palma, Carlos Paião, Miguel Ângelo, Xutos e Pontapés... e nos anos mais recentes Mafalda Veiga, Pedro Abrunhosa, André Sardet, Viviane... e depois há outras vertentes menos divulgadas, como Ana Moura, Joana Amendoeira, Mafalda Arnauth, Joel Xavier, Mário Pacheco, Bernardo Sasseti.... eh, e esqueci-me de tantossssss... fica prometido um post sobre música portuguesa um dia destes!

sábado, 23 de junho de 2007

A história do Ginja, uma figura típica destas bandas!


O Ginja era uma personagem típica aqui deste lado da baía. Onde quer que fôssemos ele estava lá, na pastelaria, no café, no mercado, na marginal, na igreja, no centro comercial... não sei como é que ele conseguia estar em tantos locais quase ao mesmo tempo, mas a verdade é que lá estava! Estaria agora na casa dos 50 quando, numa acesa discussão com a irmã, teve um ataque de coração e morreu!

Como não trabalhava - chegou a pedir-me dinheiro que nunca pagou - andava sempre por aí, conhecia toda a gente, era simpático e bem falante. Tinha uma história de vida no mínimo curiosa: há uns 30 anos «descobriu» que os cheques bancários também podiam funcionar como dinheiro, e meteu-se a vendedor de ténis e fatos-de-treino de marca. Comprava o material em Lisboa, pagava em cheque, depois revendia aos amigos e aos vizinhos em dinheiro por uma bagatela. Mau negócio para ele, claro, e que não durou muito, pois ao fim de algum tempo os cheques sem cobertura levaram-no à prisão.

Daí para cá teve inúmeros empregos mas não se aguentou em nenhum. Vivia em casa do pai com a tal irmã - concorrente habitual de concursos televisivos, quase tendo ganho um prémio chorudo num concurso na RTP há cerca de 2 anos. Parece que os irmãos se davam muito mal, o pai - já velhote - não tinha mão neles, e foi isso que matou o Ginja. A irmã não se deve ter preocupado muito com o sucedido pois no dia seguinte à morte do irmão lá estava ela a tomar o pequeno-almoço no local habitual.

Quanto ao Ginja - e passados alguns meses - ainda estranho passar por sítios onde invariavelmente ele estava, olhar em redor e saber que ele nunca mais lá estará...



quarta-feira, 20 de junho de 2007

FILMES: DO FANTASTIC 4 AO SHREK III


Já vos aconteceu irem ao cinema sem estarem a contar com isso e ainda por cima verem um filme que não estava nos vossos planos? Pois a mim aconteceu-me hoje: fui ver os Quatro Fantásticos e o Surfista Prateado, ou seja os Fantastic 4 II. Levava uma vantagem (ou desvantagem): não tinha visto o I, portanto, não fazia ideia nenhuma quem eram os heróis nem o que faziam exactamente!

O filme também não estava na minha lista dos muitos
que quero ver nos próximos tempos, embora acabe por não ver quase nenhum, mas serviu de aperitivo a um que eu não quero perder e que estreia esta semana: Shrek III. Vi a apresentação e já deu para perceber que é super hilariante! Ah, mas é para crianças!!! Não me importo, desde que eu goste e saia de lá bem disposto... E vocês (de novo a pergunta), como vai isso de cinema???

segunda-feira, 18 de junho de 2007

SAUDADES DOS EXAMES... QUER DIZER, DA ESCOLA!

Os exames nacionais no Secundário em Portugal arrancam hoje e prolongam-se até dia 26. E eu quando ouço falar em exames fico com nostalgia, não dos propriamente ditos (exames) mas da escola e do tempo bom que em princípio todos nós passámos... ou passamos (para aqueles que ainda andam na escola, como alunos ou como professores) na escola.

Nunca estive ligado ao ensino... a não ser como aluno, claro! Mas tenho muita pena de não ter seguido a via de ensino e, quiçá, ser hoje professor! Passados uma série de anos sobre a minha saída da faculdade sinto que a minha vocação ficou por cumprir. Na altura em que devia decidir, essa questão nem sequer se pôs, apesar de algumas abordagens nesse sentido.

O meu antigo professor de Sociologia, José Júlio Gonçalves - que uns anos mais tarde viria a ser o Reitor da Universidade Moderna (polémicas à parte!) - por mais de uma vez passou por mim nos corredores e - num tom muito próprio dele, que não sabíamos se era meio a gozar ou a sério - mandava-me mudar de roupa e de estilo e falar com ele daí a 2 ou 3 anos... quando terminasse o Curso (Comunicação Social)

Nunca mudei de roupa - as calças de ganga faziam parte da minha pele - nem de estilo! Também nunca mais falei com ele sobre isso... e mais tarde soube que outros colegas meus eram seus assistentes! Esses, sim, mudaram de roupa - passaram a vestir fatos escuros de calças bem vincadas - e mudaram de estilo: passaram a transportar pastas enormes em vez de mochilas...

A minha aventura com a escola tinha terminado... até há pouco tempo, quando me solicitaram para fazer umas palestras sobre jornalismos, blogs e internets... Graciosamente, claro! Quem sabe se não é agora que ficou ficar ligado ao ensino!!! Os exames é que eu dispenso... mas bons exames para todos os que tenham que os fazer! Pode não ser o método mais justo mas ainda parece ser a melhor forma de avaliar os conhecimentos...

sábado, 16 de junho de 2007

ALGUNS DOS MEUS TESOURINHOS DEPRIMENTES!

Hoje trago uns Tesourinhos (mais ou menos) Deprimentes da minha autoria e já com bastantes anitos de existência (do tempo da adolescência): como este pré-Verão está deprimente com esta chuva toda, junta-se mais uns pózinhos para passar o tempo. Então, aqui vai:

O Calor do Teu Retrato

Os meus dedos nos teus dedos
Foram momentos tão breves
Que mais pareciam segredos
Do diário que tu escreves!

Quando hoje passei por ti
Tu nem sequer me falaste,
Não sei se eu me esqueci
Ou se tu não te lembraste!

Estavas um pouco triste
E pensei que não voltasses,
No momento em que partiste
Era como se ficasses!

Não quero estar contigo
Mas sem ti não posso estar,
Não sei se somos amigos
Ou se andamos a brincar!

Não me mintas, não me mintas,
Descubro nos teus olhares
Esse orgulho com que pintas
A maneira de falares!


Quando me lembro de ti
Tenho sonhos de ternura,
Desde o dia em que parti
Que trago a tua moldura!

Tanto que eu te quis, querida,
Mas o teu amor foi ingrato,
Vou guardar para toda a vida
O calor do teu retrato!

(Para os meus amigos e amigas do Brasil e para a Cristina Morenita nos EUA só uma explicação sobre os Tesourinhos Deprimentes: são uma rubrica de um programa dos Gato Fedorento - 4 rapazes que revolucionaram o humor em Portugal - que repesca programas pirosos e gaffes da televisão de há uns anos atrás)

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Habitantes de Vendas Novas voltam a andar de bicicleta!

Vendas Novas, no Alto Alentejo, é a terra-natal do meu pai. E é a cidade onde uma senhora de 51 anos morreu recentemente por não ter sido socorrida a tempo, pois para uma vítima de AVC (Acidente Cardio Vascular) uma viagem de 50 km (até Évora) seria inevitavelmente fatal. Ironia do destino: a senhora vivia a poucos metros das antigas urgências mandadas encerrar há poucos dias por ordem do Governo!!!

Este acidente veio mais uma vez chamar a atenção para a falta de senso que está por trás do fecho deliberado e acelerado de urgências médicas por essa província fora. Sabe-se que o lobby dos médicos em Portugal tem uma força tremenda e que eles (os médicos) não gostam de estar longe das clínicas privadas onde exercem o complemento da sua actividade, mas um Governo que não aposta na Saúde (e já agora na Educação) como bem de primeiríssima necessidade (e já agora dignidade!!!) não pode merecer a confiança dos portugueses mais desafortunados! Ou será que nos querem fazer a todos de ... PATOS???

COMO RECONHECER UM AVC

Por coincidência, acabei de receber um e-mail da THUNDER com a história de uma outra senhora que também foi vítima mortal de um AVC (mas noutras circunstâncias). E foi vítima porque as pessoas que estavam com ela não souberam reconhecer os sintomas nem actuaram de modo a salvar-lhe a vida. Por isso, aqui ficam umas regras estabelecidas por médicos para qualquer leigo reconhecer se está perante uma vítima de AVC ou não.

As regras constam de três simples etapas:

- Peça que a pessoa sorria (debilidade facial).

- Peça que a pessoa levante ambos os braços (debilidade motora dos braços).

- Peça que a pessoa pronuncie uma frase simples mas coerente (por exemplo: «Hoje está um dia bonito!) - (debilidade na fala)

Se a vítima apresentar dificuldades numa destas três questões chame imediatamente por socorro médico e descreva os sintomas o melhor possível. Isso poderá facilitar um rápido diagnóstico e tratamento do AVC e evitar danos cerebrais. Os neurologistas afirmam que os efeitos de um AVC podem ser revertidos totalmente se a vítima for socorrida correctamente e num prazo máximo de três horas subsequentes ao acidente.

(As fotos foram feitas por mim em Vendas Novas em Março passado)