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sábado, 1 de novembro de 2008

E SE HOUVESSE UM GOLPE DE ESTADO MILITAR AGORA EM PORTUGAL?

O Coronel Magalhães agarrou no Magalhães, abriu-o, ligou-o, conectou-se à net, abriu o Messenger e conectou-se com o Almirante Magalhães. No Messenger apenas escreveu «Depois de ti mais nada», o Almirante respondeu «Oh gente da minha terra» e deu-se início ao golpe de Estado.

De imediato todos os oficiais, sargentos e praças começaram a trocar entre si MMS com a canção de Tony Carreira escolhida para senha. A contra-senha era respondida com a canção de Mariza - há 34 anos e meio tinham sido o «E depois do adeus» do Paulo de Carvalho e «Grândola Vila Morena» de José Afonso. Mas os tempos mudaram e os meios de comunicação escolhidos para o golpe não foram a rádio nem a TV mas sim a internet e os telemóveis. O golpe foi pleneado pelos e-mails, pelos sms, pelos blogues (os oficiais de mais alta patente) e até pelos Hi5 (os soldados em especial).

Os militares andavam descontentes e as altas patentes já haviam prevenido o poder político que em especial os militares mais jovens poderiam reagir de uma forma radical à perda de regalias. E assim aconteceu: apesar da integração europeia e da economia estar muito dependente de um país vizinho, os militares rebelaram-se e estavam muito perto de levarem a contento as suas intenções... e - o mais importante - de novo sem conflitos sangrentos!

Sequestrados os mais altos altos dirigentes políticos e quando parecia que os militares iriam triunfar e nomear um novo Governo, aconteceu o impensável: não houve apoio popular! Porquê? Porque a altura do ano foi muito mal escolhida pelos militares, tiveram um erro estratégico: 50% dos portugueses andavam nas compras nos centros comerciais, 35% estavam no trânsito, parados ou a percorrer auto-estradas e os restantes 15% estavam nas urgências dos hospitais públicos e organismos afins à espera de serem atendidos por um médico espanhol ou uruguaio.

Mas o que deu mesmo cabo do golpe foi a canção escolhida para senha: a canção era um plágio de uma música de um cançonetista mexicano... e nisto os sombreros não perdoam... moveram de imediato um processo aos militares e o golpe - que parecia estar consumado - acabou por abortar...


Portanto, fica o aviso à navegação: quando alguém pensar em praticar um golpe de Estado e se utilizar uma cantiga como senha certifiquem-se que não há conflito com os direitos de autor... é que não há nada mais chato que interromper um golpe de Estado por causa de um plágio!