Ninguém deu por isso mas hoje foi o «Dia Internacional dos Jornalistas»! Jornalistas que hoje já são seres «comuns», pessoas iguais a toda a gente - a única diferença que resta é que aparecem todos os dias na televisão e escrevem nos jornais... porque os deixam escrever e aparecer.
Em 1986 eu e um grupo de colegas visitámos os estúdios da RTP e assistimos em directo na régie à produção e à apresentação do telejornal, quando a televisão pública ainda emitia sem concorrência. O Carlos Fino era, então, o apresentador de serviço de um telejornal muito diferente daqueles que nós assistimos agora nos vários canais que, entretanto, apareceram.
... Hoje, alguns dos meus colegas que visitaram a RTP nesse dia são directores e editores de jornais, revistas, rádios e televisões. O jornalismo mudou muito e penso que os anos 90 foram mesmo a década de ouro do jornalismo - curiosamente, com a entrada do novo século, os interesses políticos e económicos voltaram a falar mais alto e hoje as televisões, em especial, voltam a seguir a agenda política dos governantes e afins... com algumas diferenças, é certo: hoje podem-se apresentar diversos pontos de vista e dantes não. Mas, na prática vai tudo dar no mesmo!
O que não mudou mesmo nada - ou se mudou foi para pior - é que (e vou revelar aqui) o jornalista não gosta nada, mas mesmo nada, nadinha, fica piurso, fulo, até se afasta de... quem lhe dá uma sugestão para um tema ou lhe revela algo que ele acha que deveria ter sido ele a descobrir... Se for amigo ou conhecido então ainda pior!
Por isso se algum dia tiverem uma boa ideia de um tema para sugerir a um jornalista, transmitam-na primeiro ao estafeta ou à senhora da limpeza e peçam-lhes que sejam eles a comunicar ao jornalista. E, sobretudo, nunca digam que foram vocês que tiveram a ideia porque aí - nem que o tema seja «o fim do mundo vai chegar amanhã» - o jornalista nunca pegará na sua sugestão... quer dizer, há excepções... a mim podem sugerir o que quiserem: agora não posso publicar num jornal ou revista, mas este blog é um espaço vosso também!!!
Em 1986 eu e um grupo de colegas visitámos os estúdios da RTP e assistimos em directo na régie à produção e à apresentação do telejornal, quando a televisão pública ainda emitia sem concorrência. O Carlos Fino era, então, o apresentador de serviço de um telejornal muito diferente daqueles que nós assistimos agora nos vários canais que, entretanto, apareceram.
... Hoje, alguns dos meus colegas que visitaram a RTP nesse dia são directores e editores de jornais, revistas, rádios e televisões. O jornalismo mudou muito e penso que os anos 90 foram mesmo a década de ouro do jornalismo - curiosamente, com a entrada do novo século, os interesses políticos e económicos voltaram a falar mais alto e hoje as televisões, em especial, voltam a seguir a agenda política dos governantes e afins... com algumas diferenças, é certo: hoje podem-se apresentar diversos pontos de vista e dantes não. Mas, na prática vai tudo dar no mesmo!
O que não mudou mesmo nada - ou se mudou foi para pior - é que (e vou revelar aqui) o jornalista não gosta nada, mas mesmo nada, nadinha, fica piurso, fulo, até se afasta de... quem lhe dá uma sugestão para um tema ou lhe revela algo que ele acha que deveria ter sido ele a descobrir... Se for amigo ou conhecido então ainda pior!
Por isso se algum dia tiverem uma boa ideia de um tema para sugerir a um jornalista, transmitam-na primeiro ao estafeta ou à senhora da limpeza e peçam-lhes que sejam eles a comunicar ao jornalista. E, sobretudo, nunca digam que foram vocês que tiveram a ideia porque aí - nem que o tema seja «o fim do mundo vai chegar amanhã» - o jornalista nunca pegará na sua sugestão... quer dizer, há excepções... a mim podem sugerir o que quiserem: agora não posso publicar num jornal ou revista, mas este blog é um espaço vosso também!!!
15 comentários:
Tenho boas e más experiências com jornalistas... mas é verdade, detestam que lhe sugiraos alguma coisa.
Coitados às vezes fazem perguntas tão tolas, tão ignorantes...
bjs e feliz dia
Tudo mudou muito ratpidamente, mas também é preciso dizer, que nem sempre no melhor sentido... O imediatismo do mundo moderno evita que, designadamente na televisão, se faça melhor jornalismo...
Então digamos que os jornalistas também são um bocadinho esquisitos!:p
Então quer dizer que eu tenho espirito jornalistico?Não , claro, estava a brincar, mas a verdade é que também gosto pouco de seguir algumas coisas.. Desisto Alex, andava eu aqui todas entusiasmada a pensar convidar-te(PEDIR-TE) para o lançamento do , 22 OLHARES SOBRE 12 PALAVRAS ,.Sendo assim, vou dizer á senhora da limpeza rsrsrsr.. Que maldade..Eu sei, há por ai tanta coisa interessante para falar!! Beijinho, ell
Pois...as tais pressões, uma outra maneira de fazer política, assim como todos os outros interesses...
Acredito que não seja fácil! Mesmo no trabalho de obter informações a troco de favores...teias que podem ser difíceis de gerir e muito!
Abraço rapaz! :)
Pois não sei bem que dizer... li de ponta a ponta e fiquei com a ideia que o que li, foi acima de tudo um desabafo...
Estou errada?...
Beijinho *
:-)
Foi sempre assim: «o que melhor se compra para ler é a desgraça de outrem». Pena!!!
Abraço
Paulo
Hoje existe o chamado "quarto poder". Controla-lo é ter o poder nas mãos. Os políticos - alguns - são exímios em o utilizar não desprezando, também, os assessores de imagem e o trafico de influências.
É uma realidade...
Abraço
Não me apercebi que era o Dia dos Jornalistas...
Beijos.
todas as profissões têm os seus resmungões...manias de...
Bjs. Boa semana.
"ter muitos atletas nos jogos paraolimpicos" não é motivo de orgulho mas aqueles que la chegam deveriam ser um exemplo de coragem e determinação...e aqui sim...motivo de orgulho...
Os jornalistas são o corpo da comunicação social. Para o bem, para o mal. Sem eles, não havia jornais, revistas, Telejornais e eu tenho até um certo prazer em ver o trabalho de quem merece. Os bons jornalistas, os mais antigos (não gosto de utilizar a palavra "velhos"), são colocados de lado. É mesmo uma pena.
Bjs e mais uma vez um excelente post =)
Bom tanta produtividade e BOA tem que ter um Prémio.
Caro Alex
Sinceramente, não me recordo do episódio que refere. Não corresponde nem à minha formação profunda de alentejano, nem às minhas convicções. Talvez eu tenha querido dizer, isso sim, que o jornalismo exige, antes de mais, vocação, ou alertá-lo para o facto de que nem tudo são rosas nesta profissão.Aliás, eu próprio comecei por ser um jovem que quis muito ser jornalista.Como poderia
ter essa arrogãncia perante outros jovens como eu?! Há aí qualquer coisa que não combina...
De qualquer forma, a sua reação, mais de vinte anos volvidos, mostra que devo ter tocado, ainda que inadvertidamente, nalgum nervo mais sensível. Se foi o caso, creia que lamento sinceramente e acredite que essa não é a minha posição de princípio perante a vida e perante os outros.
Obrigado pela lembrança do dia dos jornalistas.
Quanto às mudanças que entretanto ocorreram, que suscitam muitos questionamentos, é tema que dá pano para mangas, a exigir mais tempo e mais espaço...
Carlos Fino
CARLOS FINO,
peço desculpa pelo tom em que escrevi este post - realmente foi mais em termos de desabafo - é normal que não se lembre do episódio, até porque deveriam haver outras visitas na altura também.
Tenho por si a mais elevada estima e consideração, admirei muito a sua função de correspondente em Moscovo e a sua voluntariedade no Iraque (e risco!), mais recentemente.
O post saiu-me um bocado duro, confesso, mas já tratei de o amenizar. Também tenho duas costelas alentejanas - ainda ontem lá estive de propósito a visitar e a fotografar a nível pessoal uma Senhora de 99 anos.
Estive 19 anos no Expresso e saí há cerca de ano e meio por razões que lhe posso contar um dia - o meu e-mail é:
alex.gandum@gmail.com
O maior abraço,
Alexandre
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