Diz o provérbio que «de são e de louco todos temos um pouco», mas parece-me que o dito popular terá que ser adaptado porque o «louco» em nós (salvo seja, nos outros!) está a ganhar terreno...
Confrange-me saber que há inúmeras crianças nas consultas de psicologia (nada tenho contra essas consultas, aliás, ainda bem que existem!) e que há adolescentes que «vivem» de ansiolíticos e outros comprimidos «milagrosos» do bem-estar e da boa disposição. Já vi também pessoas de 30 (mulheres, mas não só!) a ingerirem comprimidos à mão-cheia. Mas o que tem isto a ver com a saúde mental, perguntarão alguns de vós! Tem tudo a ver, pois... se essas pessoas não tomarem a «dose» possivelmente tornar-se-ão potenciais doentes mentais!
E com isto não se pense que doentes mentais são só aqueles que apresentam profundas deficiências mentais - doente mental pode ser um qualquer que de uma maneira ou de outra não consiga adaptar-se a determinados ambientes ou que não consiga suportar a pressão de certos empregos, o sufoco familiar ou da comunidade onde está (ou deveria estar) integrado.
A idade é outro factor de risco: a doença de Alzheimer alastra a passos largos e ainda se desconhece se a sua causa provém dos estilos de vida desadaptados que se leva hoje em dia nas sociedades ocidentais, se é em parte culpa da alimentação desajustada dos tempos modernos... a verdade é que é um dilema terrível que cada vez atinge mais pessoas e - inerentemente - mais famílias!
Porque - por falar em famílias - são elas que mais sofrem com a saúde (melhor, a falta dela) mental, porque geralmente os pacientes nem se apercebem do problema que têm. Pelo que me tem sido dado constatar, ter um doente mental em casa (nem que se fique pela designação de esquizofrénico) é das piores situações que podem atingir um núcleo familiar!
Confrange-me saber que há inúmeras crianças nas consultas de psicologia (nada tenho contra essas consultas, aliás, ainda bem que existem!) e que há adolescentes que «vivem» de ansiolíticos e outros comprimidos «milagrosos» do bem-estar e da boa disposição. Já vi também pessoas de 30 (mulheres, mas não só!) a ingerirem comprimidos à mão-cheia. Mas o que tem isto a ver com a saúde mental, perguntarão alguns de vós! Tem tudo a ver, pois... se essas pessoas não tomarem a «dose» possivelmente tornar-se-ão potenciais doentes mentais!
E com isto não se pense que doentes mentais são só aqueles que apresentam profundas deficiências mentais - doente mental pode ser um qualquer que de uma maneira ou de outra não consiga adaptar-se a determinados ambientes ou que não consiga suportar a pressão de certos empregos, o sufoco familiar ou da comunidade onde está (ou deveria estar) integrado.
A idade é outro factor de risco: a doença de Alzheimer alastra a passos largos e ainda se desconhece se a sua causa provém dos estilos de vida desadaptados que se leva hoje em dia nas sociedades ocidentais, se é em parte culpa da alimentação desajustada dos tempos modernos... a verdade é que é um dilema terrível que cada vez atinge mais pessoas e - inerentemente - mais famílias!
Porque - por falar em famílias - são elas que mais sofrem com a saúde (melhor, a falta dela) mental, porque geralmente os pacientes nem se apercebem do problema que têm. Pelo que me tem sido dado constatar, ter um doente mental em casa (nem que se fique pela designação de esquizofrénico) é das piores situações que podem atingir um núcleo familiar!
13 comentários:
Ando sempre atrasada, mas acabei de ler que Jardim vem para Lisboa disputar o lugar da frente do PSD com a Manela.
Vamos ter um melhor Carnaval e as finanças em ordem.
Vivam as flores.
Maria
É bem verdade. Mas tabém é verdade que, por este andar, qualquer dia ninguém está são.
Beijos.
Concordo plenamente!! Tenho-me apercebido ultimamente que os ansiolíticos, anti-depressivos e afins estão praticamente "na moda"!
Bom fim-de-semana!
O texto está exelente, porém o assunto focado é duma imensa complexidade... a mente humana!
Quem a conhece?
Alguém já consegui perceber em concreto quando começa uma doença mental?
Talvez por isso se ande por atalhos... porque o caminho não se sabe qual é.
Beijinho te deixo *
:-)))
hoje no meio de reuniões passei pelo marques de pombal, mas como ia quase correndo, não entrei, apenas tive tempo para perceber que as plantas baixas que rodeia o marques é tomilho. giro não concordas? sofia
Se o Jardim vem para Lisboa, digam quando pra eu ir daqui para fora..
pois é Alexandre, tocaste num ponto tão sensivel.. É dessa crise que tenho medo, a da doença..E o que as pessoas não sabem é que quando se chega ao ponto quase incapacitante , e de dependencia de medicamentos, quer dizer que a doença já se instalou e dificilmente retrocede.. Então nas crianças é lastimável.. Vou bater nesta tecla novamente, se dispensássemos um pouco mais de atenção ás crianças em vez de as "depositarmos"quase como quem deposita uma coisa indesejada! Sei do que estou a falar, mas dizia eu que se olhassemos mais para as pessoas , sejam elas crianças ou não, na maior parte dos casos a medicação deixaria de ser necessária, ou seria muito reduzida.. As pessoas precisam de amor, de afecto, de atenção, de se sentir úteis.. E quando uma criança chega á consulta por motivos comportamentais, é porque ela accionou a máquina do disparate de forma a que olhem para ela como gente.. e não como um brinquedo com o qual se fala numa de gugu dada.. Mas quem sou eu para falar de assunto tão preocupante? Desculpa, este assunto é sério demais para ser abordado por mim ..Sei o que sinto, sei que não estou longe da verdade, sei que o mundo, as pessoas precisam de se virar uma prás outras em amor..Que se vive um dia, um mes, um ano, de costas viradas , mas não se pode viver assim eternamente..Calem-me se tiverem coragem para tanto.. Pra onde caminhamos nós???????Esta Alex é a crise que me preocupa mais.. Um beijinho, ell
grande post.
O Alexandre já disse tanto, não vou adiantar mais... a complexidade da mente humana ... para o melhor e o pior.
contacto por vezes com uma "esquizofrénica" ... aparentemente tudo "normal" ... lá por sua casa "um inferno"... precisa de amor extremo, os familiares cansam-se até à exaustão. Muito complicado.
obrigada por abordar um tema tão difícil.
bom fim-de-semana
um sorriso :)
grande post.
O Alexandre já disse tanto, não vou adiantar mais... a complexidade da mente humana ... para o melhor e o pior.
contacto por vezes com uma "esquizofrénica" ... aparentemente tudo "normal" ... lá por sua casa "um inferno"... precisa de amor extremo, os familiares cansam-se até à exaustão. Muito complicado.
obrigada por abordar um tema tão difícil.
bom fim-de-semana
um sorriso :)
Gostei do post. Porque a saúde mental é de facto isso. Meu pai tem 90 anos e está em perfeita saúde mental. Mas a má circulação numa perna não o deixa descansar de noite com dores. A minha mãe de o ouvir gemer toda a noite não dormia. E passou-se. Completamente.
Felizmente o psiquiatra conseguiu com dois comprimidos pô-la normal, dentro das limitações dos seua 84 anos. Mas foram 2 meses em que nós já estavamos também a entrar num terreno perigoso, com as coisas que ela dizia e fazia.
Tenho uma amiga, que com uma depressão tentou matar o marido, deitou fogo à casa e envenenou-se. Esteve uns quantos meses internada em psiquiatria no hospital do Barreiro. As doenças mentais, são sempre muito complexas, e afectam toda a família.
Um abraço e bom fim de semana
O meu comentário ficou no que te disse, por outro canal...
upsss... agora vejo que dupliquei o coment! que "nabiça"... quanto à crónica, tem o permisso para usar :)
"bigada" também p'las palavras e partilha.
mariam
Gracias que ainda não tomo nem nunca tomei antidepressivos nem nada do género, gracias pois pois sei de quem tem d etomar senão a vida nem funciona, mas tem quem os tome pelo prazer de apenas se sentir melhor, enfim, caminhamos a passos largos para o mundo da demência coletiva, ou seja, nos próximos anos a maioria de tão alheada que há-de andar, da vida, vai descambar de todo e será preciso abrir clinicas para os cuidar...e os verdadeiros loucos são todos os que nos enlouquecem..é? Beijinho da laura.
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