Noutro dia, conversando com o meu sofá - excelente ouvinte e melhor conselheiro - lembrei-me de um post que tinha publicado num dos meus antigos blogues, que, por abordar uma situação sempre actual, resolvi repescar e trazer para aqui, pois acho que muitos de nós já passámos por situações idênticas. Então, vejamos:
Já todos passámos por várias experiências em que amigos, conhecidos, familiares ou vizinhos nossos nos aparecem como vítimas de determinadas situações, como desgraçados, como vilipendiados, tudo causado por outra pessoa - a qual geralmente não conhecemos, ou conhecemos mal.
Ficamos com enorme compaixão dessas pessoas vítimas de tão maus-tratos físicos e/ou psicológicos, revoltadíssimos com a outra 3.ª pessoa - o alegado mauzão - que passamos a viver - por vezes até intensamente (consoante a nossa própria personalidade de reagir às coisas) - um assunto que geralmente nem nos diz respeito.
E depois, essas pessoas que se dizem vítimas, geralmente são incisivas, insistem e insistem no tema, algumas têm tal arte que nos fazem sentir também vítimas e ficamos, então, completamente do lado delas...
Mas... e há sempre um mas... passado algum tempo descobrimos - por acaso ou por algum motivo - que as coisas não são bem assim como essa pessoa nos contou, que existe a outra parte, que também tem os seus argumentos, os quais são tão válidos como os da «vítima». E muitas vezes - mas mesmo muitas! - chegamos à conclusão que mais vítima é a outra pessoa.
Entretanto, quando chegamos aí já nos desgastámos, já vivemos a vida de outras pessoas, já perdemos tempo com assuntos que não nos dizem respeito e que muitas vezes as outras partes resolvem da melhor maneira: um amigo meu massacrava-me com o problema que tinha com o chefe dele - para ele, o chefe era um terror, fazia-lhe a vida negra, tratava-o mal, humilhava-o à frente de outros colegas, fazia gato-sapato da sua existência... até eu passei a viver as angústias laborais desse meu amigo! Afinal, tempos depois vim a descobrir que o conflituoso era esse meu amigo, que não se dava com nenhum colega, enfrentava o chefe e era malcriado... aliás, para mim não foi novidade porque era a premonição que eu tinha da situação!
Outro exemplo: a namorada de um amigo meu descrevia as maiores barbaridades do ex-marido, que este lhe batia, que lhe fazia a vida num inferno! todos ficaram com muita pena dela... vim a saber depois que ela era alcoólica, que o tinha arruinado financeiramente com os cartões de crédito, e que lhe destruíra a empresa dele por causa de dívidas contraídas por ela.
Depois deste caso - e de muitos outros - aprendi a reconhecer uma coisa: nunca tomo partido por ninguém em caso de conflito sem ouvir as duas partes envolvidas. É claro que dou sempre o benefício da dúvida, mas chego muitas vezes à conclusão que a vítima afinal... era outra!
Já todos passámos por várias experiências em que amigos, conhecidos, familiares ou vizinhos nossos nos aparecem como vítimas de determinadas situações, como desgraçados, como vilipendiados, tudo causado por outra pessoa - a qual geralmente não conhecemos, ou conhecemos mal.
Ficamos com enorme compaixão dessas pessoas vítimas de tão maus-tratos físicos e/ou psicológicos, revoltadíssimos com a outra 3.ª pessoa - o alegado mauzão - que passamos a viver - por vezes até intensamente (consoante a nossa própria personalidade de reagir às coisas) - um assunto que geralmente nem nos diz respeito.
E depois, essas pessoas que se dizem vítimas, geralmente são incisivas, insistem e insistem no tema, algumas têm tal arte que nos fazem sentir também vítimas e ficamos, então, completamente do lado delas...
Mas... e há sempre um mas... passado algum tempo descobrimos - por acaso ou por algum motivo - que as coisas não são bem assim como essa pessoa nos contou, que existe a outra parte, que também tem os seus argumentos, os quais são tão válidos como os da «vítima». E muitas vezes - mas mesmo muitas! - chegamos à conclusão que mais vítima é a outra pessoa.
Entretanto, quando chegamos aí já nos desgastámos, já vivemos a vida de outras pessoas, já perdemos tempo com assuntos que não nos dizem respeito e que muitas vezes as outras partes resolvem da melhor maneira: um amigo meu massacrava-me com o problema que tinha com o chefe dele - para ele, o chefe era um terror, fazia-lhe a vida negra, tratava-o mal, humilhava-o à frente de outros colegas, fazia gato-sapato da sua existência... até eu passei a viver as angústias laborais desse meu amigo! Afinal, tempos depois vim a descobrir que o conflituoso era esse meu amigo, que não se dava com nenhum colega, enfrentava o chefe e era malcriado... aliás, para mim não foi novidade porque era a premonição que eu tinha da situação!
Outro exemplo: a namorada de um amigo meu descrevia as maiores barbaridades do ex-marido, que este lhe batia, que lhe fazia a vida num inferno! todos ficaram com muita pena dela... vim a saber depois que ela era alcoólica, que o tinha arruinado financeiramente com os cartões de crédito, e que lhe destruíra a empresa dele por causa de dívidas contraídas por ela.
Depois deste caso - e de muitos outros - aprendi a reconhecer uma coisa: nunca tomo partido por ninguém em caso de conflito sem ouvir as duas partes envolvidas. É claro que dou sempre o benefício da dúvida, mas chego muitas vezes à conclusão que a vítima afinal... era outra!
E vocês, conhecem casos idênticos?
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HÁ UM ANO FOI ASSIM
NO FUNDAMENTALIDADES (clicar)
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HÁ UM ANO FOI ASSIM
NO FUNDAMENTALIDADES (clicar)
11 comentários:
Huuummmmmmm...
parece-me um tema importante.
Estou ansiosa por ver este post.
E...curiosa!!!
AMIGO:
Eu bem quero, mas a vida não me permite. Passar 1 x por semana nos blogues dos amigos seria o ideal, mas...quem fala em ideais nesta época...há crise de toda a maneira e feitio.
Difícil, muito complicado.
Eu coloco uma questão: qual a tua opinião sobre as «praxes»?
Votos de boa semana.
Beijinhos.
Olá querido Alex, adorei voltar ao passado contigo!...
Os teus blogues estão cinco estrelas... Parabéns!...
Virei ler o teu próximo post!
Beijinhos de carinho e ternura,
Fernandinha
Um excelente post. Para ler, reler e pensar. Fundamentalidades, amigo Alex!
Bem-hajas!
Beijinhos
p.s. Fotografa a lua cheia e faz post com ela. Gosto tanto!
Nem tudo o que parece ser o é.
Mas pode também ser, pode ir até mais além do desabafo...
Nem sempre é fácil discernir a verdade nestas situações.
Beijinho *
Em cada história, há sempre mais que uma versão.
Beijos.
Olá,
Somos um blogue de muuuiiito sentimento.
Aguardamos a tua visita.
Até lá,
xD
É tão difícil avaliar das razões de cada ser humano...
Esse teu sofá se falasse teria muito para contar, não é???
Há um ano deixei-te este comentário:
Livre-se de queimar seja o que for.
Que tal começar a compilar, para publicar?
Para as lareiras há pinhas, sabia?
Abracinho
E hoje repito: compiláste?
Beijinhos, amigo
pois é!
é isso mesmo...
ou talvez não!
há mesmo casos em que só um dos lados é que é mesmo mau carácter...
conheço ambas as situações...
e já por duas vezes, porque me pediram, "dei uma mãozinha" em casos de violência doméstica, super bem camuflada, em que socialmente os agressores eram/são uns anjinhos... num dos casos, a vítima, neste momento está no estrangeiro com as filhas, com outra identidade e incontactável... à tempos apareceu na TV apenas para dar coragem a potenciais vítimas, para denunciarem ...
mas... em situações menos complicadas, será mesmo preferível tentar conhecer os dois lados da estória!
um abraço
e um sorriso :)
mariam
há tantos casos assim. A verdade naõ é plana, ao contrário do que as pessoas pensam, e tem sempre mais do que um lado...
se sei do que falas...sofia
Sim conheço!
É sempre mau quando a gente acredita no amigo e depois afinal as coisas não são assim!
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