Falar do filme «O Reino» com Jamie Foxx e Jennifer Garner é falar de um problema actual e que nos afecta… A todos, sem excepção, pois fala de terrorismo e a questão, a sempre eterna questão é: matar inocentes para chamar a atenção para uma determinada situação é a única forma de lutar?
A história em si: um jogo de basebol em Riade, Arábia Saudita – um dia calmo num complexo habitacional de americanos, patrulhado pela Guarda Nacional Saudita.
O golpe: dois homens com fardas da Guarda Nacional Saudita roubam um jipe, matando os seus ocupantes e percorrem as ruas do complexo atirando a matar. Pessoas a correram em pânico, numa tentativa de protecção e no meio do tumulto, um outro homem, também com farda da Guarda Nacional Saudita faz explodir uma bomba, morrendo ele também – bombista suicida em nome de Alá.
No rescaldo, com as equipas médicas a tentarem recolher os feridos e os mortos, há uma outra explosão, enorme, matando um agente do FBI que acabava de falar com um colega nos Estados Unidos. À rebeldia, esse colega, com mais 3 colegas, entre eles uma mulher, consegue autorização para viajar até à Arábia Saudita para tentar descobrir o que se passou.
A muito custo, conseguem estudar as provas e reconstruir o atentado. Mas só quando um deles é raptado é que encontram a célula terrorista. No geral, o filme está bem estruturado, interpretações competentes. Retrata 2 culturas diferentes, mas sem perder muito tempo…
O que arrepia é saber que isto não é o fim – esta célula está "morta", mas em breve aparecerá outra para a substituir. É o legado que o velho terrorista dá ao neto, antes de morrer e não sei se será coincidência que o agente do FBI tenha dito a mesma coisa à colega para a consolar da morte do amigo: "Não te preocupes. Vamos matá-los todos"…
O último filme que vi foi «Nem Contigo Nem Sem Ti», com Michelle Pfeiffer, há uns dois meses. Como não tenho ido ao cinema, aqui fica a excelente crítica da Marta de A Minha Página, ao filme «O Reino», com Jamie Foxx e Jennifer Garner.