segunda-feira, 30 de abril de 2007

ALGUMAS DISSERTAÇÕES SOBRE TRABALHO...


A propósito do Dia do Trabalhador convém lembrar que o conceito de trabalho alterou-se radicalmente nos últimos anos. Se os administradores e os directores das empresas - e até das instituições - pudessem substituíam todo o pessoal com mais de 40 anos por jovens de 20 anos... aos quais pagariam metade ou menos do que pagam aos mais velhos, e em vez de efectividade oferecer-lhes-iam contratos de 1, 3 ou 6 meses ou até sub-contratos através de empresas de trabalho temporário.

Aquilo de nos fazerem crer que «um emprego ou uma profissão já não são para toda a vida» acho que é um chavão que serve mais aos patrões e aos chefes... se uma pessoa gosta daquilo que faz por que não há-de fazê-lo durante toda a vida? E os médicos? Ao fim de uns anos tornam-se advogados? E vice-versa?

Um administrador de uma empresa de comunicação social confessou-me que o que lhe agrada é «ver malta jovem a passear-se nos corredores da empresa», acrescentando que «mesmo que produzam pouco também têm um custo baixo!». Sobre a necessidade de terem experiência e motivação, ele alegou «vão uns, vêm outros, isto tudo somado acaba por ser produtivo. E se não for, o público também não dá por isso!» (o tempo dirá se o público dá por isso ou não!!!). É com esta mentalidade que as empresas portuguesas se «propõem» competir com a Europa: nivelando os salários por baixo e fomentando a precariedade e a desmotivação...

Não sou especialista em recursos humanos mas parece-me que o mais positivo para as empresas, para as pessoas e para a economia em geral seria criar uma relação entre as pessoas mais velhas (consequentemente mais experientes) , as quais tivessem motivação para acarinhar e integrar os mais novos. E que os mais velhos não olhassem para os mais novos como se estes lhes fossem roubar o lugar. Mas isto tudo passa em primeiro lugar pelas administrações, depois pelos directores de recursos humanos e finalmente pelos chefes e coordenadores. Acho que todos os intervenientes do mundo do trabalho teriam a ganhar com essa atitude!

Atenção: a leitura deste post tem que ser complementada com os excelentes comentários que estão a ser feitos no local próprio. Por isso, visitem os comentários para ficarem melhor informados. Obrigado!!!


Estas duas imagens foram retiradas da net. A imagem de cima é de minha autoria e refere-se à Futurália que se realizou este mês na FIL em Lisboa. A música, para estar de acordo com o Dia do Trabalhador, é dos Men At Work!!!

37 comentários:

Anónimo disse...

Li com extrema atenção o seu post com o qual não concordo, se hoje em dia se despedem as pessoas com mais de 40 anos, as mais velhas, se hoje se recorre ao trabalho sem vinculo efectivo a culpa é dos trabalhadores mais antigos e vinculados, eu dou-lhe o meu exemplo, trabalho numa Clinica particular de renome e sou vinculado há 6 anos, tenho uma posição de extrema responsabilidade e hoje vejo entrar e sair pessoal a toda a hora. No entanto eu não fui o último vinculado, depois de mim surgiram outros, no entanto, pessoas com 30 anos de casa e mais, simplesmente encostam-se á " sombra da Bananeira" e não produzem, e nem sequer demonstram qualquer afecto ao seu local de trabalho de tantos anos. A minha pergunta apesar de vinculado é a seguinte, perante tudo isto acha que os patrões podem arriscar em vincular trabalhadores que não fazem o seu trabalho se a 20 metros já for responsabilidade de outro colega...é que eu apesar de técnico de farmácia já me baixei para apanhar um papel do chão porque uma empregada de limpeza passou mas como não era o seu sector nem o apanhou...e não me cairam os parentes na lama...

Anónimo disse...

Li com extrema atenção o seu post com o qual não concordo, se hoje em dia se despedem as pessoas com mais de 40 anos, as mais velhas, se hoje se recorre ao trabalho sem vinculo efectivo a culpa é dos trabalhadores mais antigos e vinculados, eu dou-lhe o meu exemplo, trabalho numa Clinica particular de renome e sou vinculado há 6 anos, tenho uma posição de extrema responsabilidade e hoje vejo entrar e sair pessoal a toda a hora. No entanto eu não fui o último vinculado, depois de mim surgiram outros, no entanto, pessoas com 30 anos de casa e mais, simplesmente encostam-se á " sombra da Bananeira" e não produzem, e nem sequer demonstram qualquer afecto ao seu local de trabalho de tantos anos. A minha pergunta apesar de vinculado é a seguinte, perante tudo isto acha que os patrões podem arriscar em vincular trabalhadores que não fazem o seu trabalho se a 20 metros já for responsabilidade de outro colega...é que eu apesar de técnico de farmácia já me baixei para apanhar um papel do chão porque uma empregada de limpeza passou mas como não era o seu sector nem o apanhou...e não me cairam os parentes na lama...

Alexandre disse...

Lovenox:

concordo!!! E eu conheço situações de todo o género, apenas não dava para alongar demasiado o post com tantos e tantos casos que conheço - alguns bem de perto!

Mas é isso mesmo que pretendo com este post: que nos comentários apareçam casos como o seu e outros, que os contem aqui para os podermos comparar!

Obrigado. Um abraço!!!

João JR disse...

Olá Alexandre,
...E eu adorei o post, e a musica:)Excelente!
Um beijinho para ti

Pekena disse...

Oh oh oh... aqui entra a minha especialidade! Não poderia ficar indiferente a um post como este!!!

1) De facto, já não existem empregos para toda a vida. Pensar numa coisa dessas é completamente absurdo. É óbvio que num mundo tão competitivo, o importante é que as pessoas adquiram o máximo de competências e se possível, que sejam transversais visto que terminou o mundo onde as qualificações das pessoas é que reinava! Não interessa a uma empresa uma pessoa que tenha uma licenciatura, se não tem as competências necessárias para desempenhar um cargo. Hoje em dia, já nem a própria média de um aluno faz sentido se lhe faltarem as competências.
Por isso, são as competências que dominam e não as qualificações que uma pessoa tem.

2) O administrador que falas no post a pensar assim, está-se nas tintas para a cultura organizacional da empresa. Se assim fosse em muitas outras, poderia ser a ruína total para a própria empresa. Como é possível atingir bons níveis de competitividade e quota de mercado sem que uma empresa consiga envolver, motivar e orientar todos os seus colaboradores nas tarefas e processo de decisão estratégico da empresa??!
Como é possível atingir-se o sucesso sem que uma empresa não invista nos seus colaboradores? E a formação? A aprendizagem contínua? Estamos num mundo em constante mudança e que temos que nos adaptar com alguma flexibilidade para não cairmos no caos.
A pensar assim, como podemos competir com a Europa e o mundo?

3) A fraca integração e processo de socialização dos jovens nas empresas pode ser um factor de conflito e desmotivação total. Muito bem visto, Alexandre! E um processo de recrutamento e selecção, afinal de contas, não fica assim tão barato o quanto se possa pensar! De nada adianta investir num candidato se no momento da sua entrada na empresa, este se sinta desmotivado pela sua fraca adaptação ao novo posto de trabalho.

4) Isso da chefia directa pensar que outros lhe poderão roubar o lugar é outra realidade.
Isso acontece muito nos processos de Avaliação de Desempenho, no Recrutamento Interno e Formação. Isto porque, no primeiro, a chefia pensa: "Ah, não lhe vou dar nota muito alta no seu desempenho para que não possa roubar-me o lugar"; no recrutamento interno sucede o mesmo porque existe sempre o medo de outros progredirem na carreira; e também acontece com a Formação, porque a chefia pensa sempre que dar formação ao colaborador poderá correr o risco deste vir a desempenhar muito melhor a sua função e "tirar-lhe" o lugar!

Gostei muito do post... apliquei um pouco dos meus conhecimentos gerais adquiridos ao longo deste ano (sim porque os otros 2 tive só cadeiras que não tinham nada haver com os recursos humanos, infelizmente).

Muito boa reflexão a tua :)
Parabéns!!

Vê se arranjas o msn, ok?!!
Bom feriado.

Super beijinhoooooooosss*****

Pekena disse...

Fogo! Foi o maior comentário que já fiz... :P

Bjs*****

Juℓi Ribeiro disse...

Alexandre:

Realmente existem
muitas injustiças
e opiniões diferentes.
É muito triste
mas é importante debater.
NÃO PODEMOS MUDAR O MUNDO
MAS PODEMOS TENTAR MELHORÁ-LO.

Obrigada pelo amável
comentário e passe lá
no meu blog que deixei
um recadinho para você.
Um abraço carinhoso.*Juli*

Anónimo disse...

Olá... vim agradecer seu amável recadinho, ler seu post muito interessante, inclusive gostei até do comentário do lovenox, e discordo do coment da pekena, pois hoje em dia não valorizam competência coisa nenhuma, vão mais é so na idade e beleza física...rsss.
Tem nova sedução lá no meu blog... rsss, apareça por lá viu!!!
Tenha uma linda semana
Bjs coloridos

melga meiguinha disse...

Alex,

Como você está cheio de razão.
É uma tristeza que depois daquele memorável 1º de Maio de hà 33 anos os trabalhadores sejam hoje mais descartáveis do que nunca.
Mas ainda tenho esperança que as coisas mudem.

Beijocas e bom feriado.

V.P. disse...

Concordo contigo, quando dizes que se um patrão pudesse estar sempre a trocar os seus trabalhadores mais velhos, o faria o colocava jovens de 20 anos, e mesmo que produzissem menos também lhe pagava menos... LOL..Acho anedótico, mas é verdade.. Sabemos que pessoas de 50 anos têm muita experiência, mas também é verdade que apesar de serem (em alguns casos) jovens de 23 anos muito menos responsáveis, produzem mais e são mais activos...

E trabaho/ emprego para toda a vida... Hoje em dia temos saber fazer um pouco de tudo.. falar linguas, saber cozinhar, limpar, fazer contas...

Bj

Boa semana bom feriado

El_Felipe disse...

Ola, vim espreitar o teu canto neste dia santo para a nossa segunda (ou terceira) religião: o Trabalho. Acabo agora de ler o teu post e concordo plenamente contigo com a tua conclusão. As relações entre pessoas mais velhas e os novos actores do mercado do trabalho deveriam ser como um prolongamento da formação iniciada nos bancos das facs, e outros instituições escolares... Infelizmente, as coisas não são assim na maior parte dos casos... Os "rookies" teem de mostrar logo que estão aptos a fazer tudo igual aos mais experientes, o que obviamente não é logico...
Parabens pelo texto.

Abraço.

Mariazinha disse...

É a mentalidade que está em causa.
Tanto trabalhadores como adminstradores não estão vocacionados para produzir, explico:
O administrador tem muita dificuldade em perceber que os lucros que tira da sua empresa devem servir para melhorar o seu negócio.
Qualé o administrador que se preze não tem o belo de um Mercedes topo de gama?
O trabalhador,por sua vez, mal pago
cumpre o seu horáriozito das 9 às 5
e ala.
De quem é a culpa?
Uns dizem que é do Cavaco,outros estão-se a borrifar haja bola com fartura. Para mim é uma questão de educação.
Eu trabalho, numa industria muito exigente,com turnos domingos e feriados.Faço 60 Km para vir trabalhar,já cá estou há 20 anos.
Por vezes a minha vontade é desistir mas como gosto do que faço
e preciso de pagar as minhas contas ao fim do mês,tento dar o meu melhor nem que seja por uma questão de auto-estima.
Bom feriado
Um abraço

Olga disse...

Sou professora.
Preciso de dizer mais alguma coisa?
A "moda" dos recibos verdes pegou, não temos poiso certo, nem sabemos se no ano que se segue teremos colocação!!!
Resumindo: com esta profissão,não temos trabalho, não temos (quase)vida familiar, social e as nossas economias...esperem,quais economias???

O que me resta é o grande prazer que me dá em ensinar!Amo o que faço, senão acho que desistia!

Bjs.

CORCUNDA disse...

Está muito correcta a tua apreciação. Penso que a chave está principalmente na qualidade e capacidade dos gestores e na formação profissional. Enquanto não enveredarmos seriamente por este caminho certamente iremos continuar por muitos e bons anos na cauda do pelotão europeu.
Abraço.

turbolenta disse...

Haverá alguma empresa que admite alguém sem que essa admissão seja feita através de uma empresa de prestação de serviços??
Se há são poucas!
(E pagam a essas firmas quase 3 vezes mais que pagavam se o empregado fosse seu trabalhador.... só que assim livram-se da S.sOCIAL ETC...)
De lamentar o pensamento desse tal amigo!
Se todos pensassem assim, se isto anda torto, muito pior ficaria.
E penso que as pessoas de mais idade não deveriam ser desaproveitadas.
Os novos teriam muito a aprender com eles.
Nem sempre quem tem cursos superiores está mais habilitado a desempenhar, capazmente,as funções que lhe são atribuídas.
A experiência é muito importante e uma mais valia para as empresas.
Isto é uma verdade da qual eu não ponho a mais pequena duvida.
E, quer queiram quer não, muitos gestores apenas o são porque tiraram esse curso,( como poderiam ter tirado outro qualquer- e só o tiraram porque era um curso que permitia uma colocação rápida ).
Por outro lado: como pode uma pessoa mandar, exigir, dar ordens e chefiar seja o que for, se, essencialmente nunca trabalhou bem a sério e desempenhando as funções, progressivamente,. Quer dizer: um gestor tem o curso, mas não sabe, de modo aprofundado, como se faz isto ou aquilo e qual é a maneira mais fácil, rápida e eficiente de resolver este ou aquele problema que lhe aparece pelo meio do caminho.
E depois.... a maior parte das chefias ou direcções nem sequer têm a capacidade nem a humildade de reconhecerem que não sabem e, sobretudo, também de ouvirem os seus subordinados.
Se se soubessem ouvir uns aos outros, talvez o serviço andasse melhor em todos os lados.
Claro que há excepções. Falei de um modo geral, vago, mas que penso ser a maneira já difundida de pensar e agir.
Evidentemente que, com o passar dos anos, as pessoas vão perdendo algumas das suas reais capacidades.
Então: se o serviço é de responsabilidade, porque, de acordo com o trabalhador ele não se coloca num serviço menos responsável mas que ele consiga desempenhar na perfeição? Há muitos serviços que podem ser desempenhados com trabalhadores com mais de 45/ 50 anos......
Nem todos são incapacitados nem inadaptáveis.
Agora, encostá-los à prateleira, como vem sendo hábito, para eles se chatearem e pedirem a reforma e serem penalizados, isso parece-me uma injustiça.
Talvez não me tenha explicado bem, mas, no geral é este o meu pensamento.
boa semana

Alexandre disse...

Obrigado a todos os que estão a comentar e a enriquecer um post que à partida eu não julgava que merecesse tanta atenção... e como eu não disse tudo, e com base naquilo que alguns comentadores têm escrito aqui, cá vai mais uma achega da minha parte:

Por experiência própria eu queria acrescentar tanta coisa a esta temática, mas não me alonguei muito porque senão ninguém lê: muitos dos gestores e os chefes das empresas e até das instituições em Portugal são no geral INCOMPETENTES! E escrevo com maiúsculas porque tenho motivos para o dizer, para o escrever e para repetir as vezes que me apetecer! Em muitas empresas de serviços há meia dúzia de pessoas que fazem as coisas e o resto dorme à sombra da bananeira e coça o rabo nas (melhores) cadeiras. Os gestores valem por 10 funcionários em termos de despesa e a maior parte deles é dispensável - experimentem dar-lhes férias grandes e verão se o trabalho não se faz na mesma, até melhor, porque não anda um incompetente a cheiriscar! Não há grande diferença entre função pública e privados, apenas a média de idades é mais baixa nos privados, só isso!

Os jovens são escravizados e, acima de tudo, ASSEDIADOS, especialmente as mulheres!!! Os mais velhos são ameaçados e logo que possível emprateleirados e despedidos!!!

Só me admiro de uma coisa: «mesmo assim as empresas funcionam!!!». Um bem haja aos carolas e aos que vestem a camisola, são eles que mantêm parte deste país de pé!!!

Kalinka disse...

Olá Alexandre
Muito boa reflexão a tua :)
Parabéns!!
Mas, ficou tanto e tanto para dizer...

Alguém aqui escreveu:
...terminou o mundo onde as qualificações das pessoas é que reinava!...
Ora bem, não sei em que Mundo essa pessoa vive, pois isso não acabou nem vai acabar nunca...o dito «canudo» vai ter sempre um peso grande nesta triste sociedade em que vivemos, a portuguesa!!!

Na Função Pública, desde que teve início esta nova avaliação do desempenho é que «quase obrigou» os directores e chefias a «PROCURAR ACÇÕES DE FORMAÇÃO» para os funcionários, pois era quase impensável andar a fazer uma formação na hora do trabalho e fugir à produtividade semanal...
AGORA SIM ...JÁ PENSAM que para atingir algum sucesso a empresa tem que investir nos seus colaboradores, dar-lhes formação, uma aprendizagem contínua.

mas, mudando de assunto, estou triste porque te tens esquecido de me visitar!!!

antónio paiva disse...

..............

não tomando o casos de cada um como um todo, nem o todo por cada caso

eu por acaso nunca sonhei ter um emprego para a vida inteira, como tal tenho-me movimentado segundo o meu instinto e a minha vontade

um trabalhador em minha opinião, tem de ser muito mais que um mero empregado

tem de ser atento, prespicaz, determinado, e acima de tudo nunca se tornar dependente de um posto de trabalho, pois em minha opinião, isso retira-lhe o poder de argumentar e de se valorizar, fazendo com que outros o valorizem

ao trabalho com vontade e dignidade, sobretudo vontade de evoluir e partilhar

......................

Abraço

Olga disse...

Segue o link abaixo indicado para copiares o símbolo Blog Amizade para colocares no teu blog.

http://tascanight.blogspot.com/2007/05/blog-amizade.html#links

Bjocas.

Benfiquista disse...

Lamento a ausencia prolongada ao teu blog mas andei com pouco tempo...

Concordo com o que disseste. Os funcionários ja n têem mão sobre o seu trabalho, de vez em quando sao corridos devido aos contratos serem pequenos...depois acaba-se em caixas de supermercado e afins, quando muitas vezes ha qualificaçoes para bem melhor...

um abraço

Sei que existes disse...

Pois é Alexandre, infelizmente tens toda a razão!... E a desmotivação e baixo nivel económico vê-se a aumentar cada vez mais!
Beijinhos

Pekena disse...

Oiii :)

Então e como correu essa manifestação? Pena que começou a chover intensamente... :/
Mas espero que te tenhas divertido!

Estava aqui a ler os restantes comentários... hmm... criticas ao meu!!!
Bem, relativamente à Dynni...hmm.. eu não sei mas ela não deve viver no mesmo mundo que o meu, porque sei que ninguém me ía dar emprego pelos meus lindos olhos...
Acho que com isto disse tudo.
Relativamente à idade, sim, isso concordo. Infelizmente as pessoas com mais idade têm muita dificuldade em arranjar emprego porque as empresas limitam-se em excluí-las :(

Relativamente à Kalinka,
Bem o que eu quis dizer com isto é que as competências actualmente são sem sombra de dúvidas uma mais-valia. Estamos na mudança de paradigma, estamos a transitar para a era do conhecimento.

Ora vejamos...
Com mais de não sei quantos mil licenciados por ano,... ou então, desempregados com currículos exemplares... à procura de emprego.
Sendo a oferta (indíviduos) muitíssimo superior à procura, onde está a grande diferenciação???
Para que servem os processos de recrutamento e selecção nas empresas??

É simplesmente na busca do melhor, daquele que tem um perfil mais adequado a uma determinada função.

São as competências!

Existem tantas diferenças sobre a visão tradicional (com a qual muitas empresas ainda vivem nesse sistema) e aquela que é dominante.
Aos interessados no tema aconselho a lerem o livro "Gestão de Pessoas" editado pelo Instituo da Qualidade e Formação (IQF). É grátis e ajuda a compreender muito este domínio das competências na actualidade.
Existem lá outros livros que falam dos diversos sectores existentes em Portugal, tendo como exemplo, diversas empresas portuguesas que cada vez mais falam da importância das competências na actualidade.

A qualificação académica surge assim como um requesito ao perfil. Tal como podemos reparar num anúncio de jornal.

Espero que ninguém leve a mal, eu simplesmente expresso aquilo que penso e aprendo. Mas isto na blogosfera é assim mesmo... a troca de opiniões.

Alex desculpa a invasão mas estou a defender as minhas ideias looool.
Espero que tenhas tido um bom feriado :)

Super Beijinhooosss****

Mónica disse...

exagero :-) serás empresário, patrão?

Alexandre disse...

Pekena,

isto é quase uma tese, lol, acho que vais ser uma boa directora de recursos humanos, pelo menos informada e organizada já estás, falta a oportunidade que aparecerá de certeza no tempo certo! Obrigado pela maneira como enriqueceste o debate! Fico com curiosidade nesse livro que mencionaste, vou tentar ter acesso a ele.

Também sei que não há «regras» para conseguir emprego, às vezes há sorte em estar no local certo à hora exacta - e essa «sorte» não chega a todos. Mas tenho que ressalvar que há jovens que conseguem dar o salto logo desde muito novos, ou porque enveredaram por um curso que lhes abre perspectivas ou porque alguém lhes deu oportunidade de provar que são competentes e que têm ideias e projectos. São uma minoria, mas há-os, e ainda bem. Outros jovens ficam um bocado na segurança dos pais, chegam inclusive a recusar empregos - conheço alguns assim! - e ficam eternamente à espera de um lugar ao Sol numa grande empresa, lugar esse que possivelmente nunca chegará.

Isto levar-nos-ia mais atrás, e às deficiências do ensino: devia ser obrigatória uma disciplina de teatro, por exemplo, logo desde o ensino básico, para que as crianças se desinibissem desde muito cedo; português mais que obrigatório desde o início; e especialmente disciplinas de responsabilização, pois o modelo de sociedade ocidental actual facilita demasiado a vida às pessoas, as quais não ficam minimamente preparadas para enfrentar qualquer contrariedade. E assim muitos jovens começam a tomar anti-depressivos e outras coisas piores desde muito novos, o que não indicia nada que venham a ser adultos conscientes e responsáveis... Ufa!!!!

Quanto à manif, acabei por não ir com muita pena minha. Vivo na margem sul e o trânsito era tanto na ponte que resolvi voltar para trás:( - devia ter ido nos transportes - acabei por ir fotografar o Metro Sul do Tejo que foi inaugurado ontem e que hoje dava viagens de borla - eram centenas de pessoas a andarem de um lado para o outro - talvez faça um post sobre isto brevemente.

Pronto, fico por aqui!!!! Obrigado a ti e obrigado a todos que têm deixado o seu contributo aqui...

Um Poema disse...

Subscrevo muito do que aqui foi dito e discordo de muito também.
Mas, para ser concreto e resumido direi que concordo em absoluto e integralmente com o que diz o amigo ANTÓNIO PAIVA.

Um abraço

Entre linhas disse...

Gostei muito do teu post Alex...mas este tema dava "pano para mangas" muito mais havia para generalizar e contestar,falo por mim,que já passei a fasquia dos quarenta ,este factor não contribui para a taza do desemprego.

Bjs Zita

Marta Vinhais disse...

Olá, Alex - eu estou na posição ingrata de "ser nova para a reforma e velha para trabalhar"....
A empresa onde trabalho corre o risco de fechar, exactamente porque se encostou à sombra da bananeira e espera que as coisas venham ter com ela. Não faz qualquer esforço para inovar, formar, lutar por uma posição mais forte no mercado, etc. A razão porque ainda fico? Há direitos meus que tenho que salvaguardar e que me podem ajudar a organizar mais tarde a minha vida profissional.
Os cursos que fiz, para renovar, refrescar os meus conhecimentos de linguas foram sempre pagos por mim; a empresa nunca se interessou, até "troçou" por eu ter apostado nisso, pelo medo de eu ficar a saber mais do que eles (e até sei)
Um bom post, Alex - a nossa experiência podia contar, mas agora não vale nada!
Beijos e abraços
Marta

Cristina disse...

Alex,
Adorei o post
:)
Olha só tenho a dizer que aí já não existem empregos para toda a vida? Aqui nunca existiram
:)
Um bom dia para ti
beijinhu

un dress disse...

(sou tãaao preguiçosa...mas muito ajustável...)

discordo em absoluto com a fixidez do trabalho: mata.


no entanto, as condições para a mudança não existem. de todo. mesmo internamente, é o fim da picada...

estamos no meio de...nada.


beijO alexandre :)





beiJO

Moura ao Luar disse...

Desanimação...

Suspiros disse...

O mundo laboral exige efectivamente competitividade. E esta geralmente não existe nas situações em que o trabalhador ou funcionário público têm o seu vínculo como seguro e, por isso, se acomodam ao adquirido e vão produzindo, quando produzem, devagariiiiiiiiiinho... No entanto, claro que a precariedade, a mobilidade e a polivalência funcional criam sentimentos de injustiça e de impotência em todos aqueles que diariamente se empenham e, afinal, não são reconhecidos. Somam-se as inseguranças alheias, as competitividadezinhas, invejas e intrigas particulares... enfim, tudo o mais que mina qualquer ambiente... Supunho que "ossos do ofício". Escape quem puder...

Márisa disse...

Olá Alexandre,
realmente este assunto é muito complexo e controverso. Concordo com o que li. Partilho da mesmo opinião, é claro que existem sempre excepções. Mas a maioria é assim mesmo. Enfim... Boa semana

turbolenta disse...

Alexandre:
Ainda sobre o seu assunto... e
Só por curiosidade. Passe pelo meu blog.Nos meus links está a Minds. Veja os pontos 4 e 5da sua última postagem.
Perfeitos!! não?
Decididamente....não há dúvidas!!!
boa semana

Unknown disse...

Eu tb aprecio imenso o teu blog, já cá passei várias vezes e realmente tens textos qye também fazem pensar...como o de hoje...só que às vezes prefiro perder-me em palavras mais poéticas para não pensar tanto.
um abraço
brisa de palavras

Anónimo disse...

Pois é amigo Alexandre o que é hoje, amanhã já nada é,vai longe o tempo que assim era para toda avida, isto de trabalho tem que se lhe diga nos tempos que correm...gostei muito de ler...bjca

HelloCátia disse...

ola alexandre...
obrigada por m teres escolhiido como um dos blogs que mais gostas d ler...
fiquei muio contene
muitos beijinhos

13 disse...

Já lá vai... Para o ano há mais!!!