O Ensino em Portugal é - e cada vez mais - um negócio, desde os berçários atè às universidades. E isto apesar de a Constituição dizer que todo o Ensino tenderá a ser gratuito e para todos. Tretas!
Quando, em meados dos anos 80, o meu professor de Sociologia - que se tornaria o célebre reitor da Moderna, pai dos Braga Gonçalves - disse aos alunos que dentro de alguns anos as universidades privadas iriam proliferar, ninguém acreditou!
Mas a verdade é que elas começaram a despontar no princípio dos anos 90: primeiro a Lusíada,de pois a Autónoma, e por aí adiante. Os professores e os assistentes das Públicas passaram a acumular com as Privadas - mandando às urtigas as horas que deveriam dedicar à investigação.
Na ânsia de dar cursos superiores aos filhos - embora o mercado de trabalho não estivesse ( e não está!) em consonância - os pais começaram a matricular os filhos nas Privdas quando estes não tinham notas de entrada nas Públicas. A partir daí qualquer estudante, por muito medíocre que fosse, podia tirar um curso superior...
Isto veio a reflectir-se na qualidade do Ensino Superior em Portugal, nivelando-o por baixo: as Privadas apostaram unicamente em cursos na área das ciências sociais - os que não precisam de grandes investimentos nem laboratórios - e as fornadas de licenciados «impreparados» e mal preparados começaram a sair para o mercado e são eles que vão ocupar muitos dos cargos de gestão nos próximos anos - por isso temo que o futuro de Portugal não vá ser brilhante! Não por culpa dos alunos nem dos pais, mas sim de lobbies de professores que em vez de promoverem a investigação, estão mais interessados nas suas próprias «promoções» - existem excepções, claro, se não este páis já não estaria de pé.
Tudo isto para terminar no Prós e Contras de ontem à noite sobre o Ensino das Universidades Privadas em Portugal, onde parece que só o Prof. Tribolet conseguiu alertar para as maleitas que atingem o Ensino Superior desde há muitos anos, apontando soluções para elas!
Na ânsia de dar cursos superiores aos filhos - embora o mercado de trabalho não estivesse ( e não está!) em consonância - os pais começaram a matricular os filhos nas Privdas quando estes não tinham notas de entrada nas Públicas. A partir daí qualquer estudante, por muito medíocre que fosse, podia tirar um curso superior...
Isto veio a reflectir-se na qualidade do Ensino Superior em Portugal, nivelando-o por baixo: as Privadas apostaram unicamente em cursos na área das ciências sociais - os que não precisam de grandes investimentos nem laboratórios - e as fornadas de licenciados «impreparados» e mal preparados começaram a sair para o mercado e são eles que vão ocupar muitos dos cargos de gestão nos próximos anos - por isso temo que o futuro de Portugal não vá ser brilhante! Não por culpa dos alunos nem dos pais, mas sim de lobbies de professores que em vez de promoverem a investigação, estão mais interessados nas suas próprias «promoções» - existem excepções, claro, se não este páis já não estaria de pé.
Tudo isto para terminar no Prós e Contras de ontem à noite sobre o Ensino das Universidades Privadas em Portugal, onde parece que só o Prof. Tribolet conseguiu alertar para as maleitas que atingem o Ensino Superior desde há muitos anos, apontando soluções para elas!
34 comentários:
Tenho uma colega que entrou para uma universidade privada com média 10!Além disso, não é uma pessoa trabalhadora, nem esforçada. Não tem cultura geral...mas tem um curso superior!!!
Curso supeior não é sinónimo de sabedoria!
Bjs.
Na mouche... é um negócio que se está a alastrar e que pelos vistos é lucrativo...
Hoje em dia, basta os papás terem dinheiro para que qualquer pessoa possa tirar um curso superior. Espero que as entidades empregadoras tenham consciência disso... mas por vezes tenho algumas dúvidas, enfim...
Quanto ao assunto do meu post de ontem, estimo em saber que também os defendes e te revoltas com situações que não deviam sequer existir... O Boby foi abandonado aqui na rua em pequeno... Acolhêmo-lo, algumas pessoas dão-lhe comida e água (fome ele pelo menos não passa, tadinho), para além de uns miminhos que ele agradece com uns "beijos" deliciosos. Já temos tido problemas com vizinhos hipócratas por o defendermos. E continuamos a fazê-lo incansavelmente. Não tenho medo de dizer que gosto mais dos animais do que de muitas "pessoas".
Beijos***
Não vi o programa mas concordo contigo no que diz respeito ao facilitismo: não levaa lado nenhum, só nos faz andar para trás.
Oi menino vim agradecer por ter ido a minha festinha, fiquei muito feliz, obrigada pelo carinho.
Aqui no Brasil o ensino não é diferente não.
Quer dar um sorriso hoje? Então venha...
Um beijo
Fica bem
Fúria
Então.. dinheiro na mão , canudo na outra!
e fora aquilo que nos não sabemos, de tudo fazem um negocio tudo mesmo fosga-se
Bjokassss
Quando se entra numa universidade,com negativa...está tudo dito!!!
Para que serve um canudo cheio de notas gastas,se o conteúdo é vazio e sem conhecimentos.
Prefiro o meu 12º,acabado com esforço, cheio de leitura e cultura variada e estar a par da realidade.
A Vera tinha razão para indicar esta página como um dos blogs que a fazem pensar.
Parabéns pela escolha, aliás merecida.
Gostei do que li. Mas para me ser mais fácil voltar, gostaria de poder adicionar-te à minha página, se não houver inconveniente.
Um abraço
px dpx somos nos kem sofrems kom a inkompetencia deles!
bjitux
Não acho que as pessoas que estudem ou estudaram em privadas sejam necessariamente menos cultas, nem menos profissionais do que as restantes. Mas é verdade que os critérios de entrada são menos exigentes, para qualquer grau académico e que ser preterido por pessoas que presumivelmente se terão esforçado menos não é pêra doce... E com isto voltamos à história dos favorecimentos... Mas atenção que existem públicas que têm pouco de público na sua admissão... o ISEC é um exemplo (!) :)
Infelizmente é assim,tudo se compra,não é por acaso que se diz que ter dinheiro é ter "poder"...
Bjs Zita
É importante não generalizar, partindo do presuposto que todo o ensino privado é mau.
Seria incorrecto esta afirmação e injusta tendo em consideração todos os bons valores que existem no privado.
Há alguns problemas?
Lógico que os há. Mas não é criando estigmas sobre o ensino privado que os iremos resolver.
Não devemos confundir a árvore com a floresta.
Seria um erro lamentável e com consequências muito negativas para o ensino em geral.
Um abraço!
orriso@hotmail.comConcordo plenamente contigo.
Mas a saúde por exemplo também não deveria ser um negócio.
Não era mas é. E ponto.
Este país está o fim.
Olhe tanto ai, como aqui, no Brasil pelo que li do seu texto é tudo igual, viu?
O Ensino no mundo virou sinônimo de de grana!
abraços,
O Sibarita
Alexandre,
como tu, fui indicada pela nossa querida Amiga e Poetisa Vera.
Vim conhecer o seu espaço e me deparo com uma pessoa extremamente politizada, preocupado com os problemas sociais!
Parabéns.
... bom as privadas não são todas iguais ...
a Universidade Católica não tem nada a ver com essas de que agora se falam (e que eu não conheço ...) ... e a Católica existe pelo menos desde 1976 ... altura em que passei a vê-la todos os dias da janela do escritório onde trabalho ....
e a minha filha está na Católica ... e eu sei que lá não é brincadeira nenhuma ....
beijinhos
Isabel-F,
sim a Católica é um caso completamente à parte, esqueci de referir isso no post. E das Privadas há muitas que são semelhantes às Públicas, claro, até porque os professores são os mesmos.
O que me chateia mais são os balúrdios que os pais têm que pagar por cursos que nada têm a ver com o mercado de trabalho, por exemplo. Mas têm outras coisas boas, claro, e os alunos não são burros, apenas não tiveram a sorte ou um percurso de estudo que lhes permitisse entrar nas Públicas.
Beijinhos!!! Fizeste bem em falar na Católica!
Tens toda a razão... quando é que se acaba com um ensino de lucro para começar um ensino de qualidade?
nada se exclui do conceito e da prática negocial.
agora, nem a educação nem nenhuma outra coisa...
beijOs de sOl :)
oLÁ aLEXANDRE PENA ANDO TÃO SEM TEMPO PARA ESTUDAR QUE NÃO VI O PROGRAMA, CONCORDO CONTIGO!Tenho professores meus que não justificam as notas que nos dão...logo estão a selecionar quem vai ou não tirar um curso superior, já vi muita coisa mesmo em frente aos meus olhos que até fico "parva"!
Este ensino vai de mal a pior temo o futuro de um sobrinho c 11 anos...pois não basta ser inteligente e lutar, basta passar algum por fora infelizmente é assim...e nunca entendi nem irei entender!Por mim andarei a estudar até ser velha :-) mas nunca nem um café beberão pago por mim!
Um bj sony
Todos aqueles que já frequentaram o ensino superior sabem bem a desilusão que apanharam. A ideia romântica vai logo por água abaixo. A qualidade dos professores e das aulas deixa muito a desejar. As mentes mais brilhantes têm tendência a ser intratáveis e odiar dar aulas, pelo que massacram os alunos e tornam-se inimigos mortais dos mesmos. Outros professores acabam por andar por lá, como que a passear os livros e as fotocópias. E o pior é que muitos dos alunos imitam o estilo... Enfim...
Neste caso, há que felicitar todos aqueles que constituem as excepções.
Beijinhos, Alex
Olá Alexandre,obrigada por teres passado no meu cantinho, as fotos não ficaram grande coisa...mas o defeito é da.....máquina(rsssss)porque a fotógrafa....apurou-se....kekekeke
pr'á próxima prometo ser mais eficiente...vou treinar!
Gostei muito de te conhecer, e o mais tardar até ao próximo jantar de verão, não é?entretanto vamo-nos encontrando por aqui na blogosfera.
Beijinhos da sonhadora
O ensino privado é realmente um negócio bastante chorudo e salvo raras excepções, a qualidade de ensino é inferior.
Mas isso acontece não apenas na Universidade. Começa bem antes e sem ser por causa do motivo "notas". No infantário porque não se arranja vagas num público, mais tarde por falta de segurança e/ou outras questões (como é o meu caso), e lucram imenso com isso.
Infelizmente há imensos professores nas Universidades que estão mais interessados em subir nas carreiras, em ganhar mais, ter uma posição melhor, do que propriamente ensinar e preparar os alunos para o mercado de trabalho.
Bem, já escrevi demais ;)
Beijinhos
(Vês porque o teu blog mereceu a nomeação??)
Acredito que seja de facto um negócio... Mas não creio que em todas as Universidades Privadas os cursos sejam dados de mão beijada e os alunos nada tenham que fazer para os concluir.
Acho que isso de comprar o curso não se verifica em todas as Universidades privadas.
E eu não sou propriamente a favor do Ensino Privado, até porque estudo numa universidade pública e o meu curso já existe em mais umas quantas universidades, mais privadas do que públicas. São concorrentes para o mercado de trabalho... E também acreditados pela ordem dos farmaceuticos...
Mas que é um negócio é. Paga-se, e bem! A matrícula é logo uma quantia nada apetitosa e as mensalidades, todas somadas, dá um dinheirão!
Tenho andado desaparecida porque ando cheia de trabalho e coisas que estudar!
Beijinhos**
Tirando uma ou outra universidades privadas, a maioria apenas serve para os pais desembolsarem o dinheiro.
Os professores saltitam de uma para outra ,com a ganância de mais uns euros e pouco se importando com a preparação eficiente do aluno e com a sua preparação para o difícil mercado de trabalho.Para o privado não vão só aqueles que acabam o liceu com notas baixas, mas também aqueles que ,por falta da vagas, não conseguem entrar nas públicas. Cá em casa tenho um exemplo: foi para privado porque para público teria de ir para Portalegre ou para univ.Minho. Fazendo as contas a tudo o que iria gastar e tendo em conta o factor: ausência e baldas longe da família, optei por privado.Gastei uma fortuna!
O ensino em Portugal está de rastos e não lhe vejo saída possível. Há interesses muito fortes e poderosos por trás dele.
Já falei demais!
boa semana
Publicação de requerimento enviado por José Maria Martins ao Procurador-Geral da República
Porque entendo que tem interesse cívico , público o requerimento que hoje enviei ao Procurador-Geral da República sobre o caso da licenciatura de José Sócrates, que é do seguinte teor:
"Lisboa, 18 de Abril de 2007
Exmº Senhor
Procurador-Geral da República
Com Conhecimento
Ao Exmº Senhor Presidente do Parlamento Europeu
Assunto: Licenciatura do cidadão José Sócrates Queixa por mim apresentada em 09 de Março de 2007.
Como V. Exª sabe entreguei via fax no dia 09/03/2007 a queixa cuja cópia junto.(doc. nº 1).
No dia 12 de Março foi entregue o original na Procuradoria-Geral da República.
Até hoje não tive qualquer informação de V. Exª sobre o destino da queixa.
Antes do Secretário-Geral do PSD ter exigido uma investigação independente, a noticia que tive foi que V. Exª disse aos jornalistas que não havia matéria para investigar.
O assunto é um escândalo nacional, tal a extensão que ganhou.
Parece que deve ser mandado abrir processo crime autónomo;
Soube hoje que a Inspecção do Ministério queria levar da Universidade Independente o dossier do aluno José Sócrates, o que é grave sabendo que o visado é o Primeiro Ministro e que a Inspecção está subordinada ao Ministério.
Isto assim não pode ser.
O Jornal "O Público" noticiou na edição de 17/04/2007 que anda um inquérito no Ministério Público há 8 anos no qual é investigado um caso de corrupção , na Covilhã, envolvendo a empresa do professor das 4 cadeiras de José Sócrates, na UNI,o que é de espantar, pois não se sabe o que o MºP andou a fazer 8 anos.
Hoje o jornal "O Público" noticia sobre esse caso , envolvendo burlas ao Estado - e revelando factos sobre o pai de José Sócrates - e tudo isto é grave.
Quero saber o que o Mº Pº decidiu sobre a queixa que apresentei e entendo que o Mº Pº deve investigar.
Por isso, vou publicar este requerimento no meu blogue na Internet -mas não o teor da queixa crime que apresentei, pedindo a abertura de um Inquérito - porque entendo que o devo publicar.
Creio que V. Exª sabe que jornais estrangeiros publicaram o escândalo.
NESTES TERMOS
-Requeiro a V. Exª que me informe qual a decisão tomada sobre a queixa crime que apresentei na PGR em 09/03/2007, cuja cópia vai em anexo.
Junta Uma cópia da queixa.
Com os melhores cumprimentos.
O advogado"
................
assim vai este país à beira mar plantado
..................
Abraço
Pois é Alexandre, o ensino está assim neste estado. As pessoas até já entram para o ensino superior com notas de 9.5. Onde é que está a qualidade desse aluno??
Eu compreendo que todos deve ter as mesmas oportunidades de estudar, e se não conseguem entrar nas públicas têm que tentar pelas privadas. Mas o que me deixa indignada são aqueles que entram com notas super baixas.
Sabemos que uma pessoa não pode ser bom a tudo, mas é bem diferente de ser mediocre a tudo. E sendo isso sinal de que uma pessoa não se esforça, será que se esforçará com dedicação na sua vida profissional, ou será do tipo "deixar as coisas andar"... e depois é isto que se reflecte com a vida profissional!
Mas há sempre quem ganha com isto, e não é pouco, apesar de que já se começa a sentir a falta de alunos tanto nas privadas como nas públicas.
Bjs da Pekena***
E há aqueles que terminam o curso à sombra de outros que lhes fazem os trabalhos...
esta musica faz-me lembrar os meus pais a dançarem :-)))))
Infelizmente nao e so ai... Por aqui tudo e bem pior. Mas...assim vivemos e assim aprendemos.
Bjs meus
na magia da noite, deixo-te beijinhos embrulhados em abraços.
1. As Universidades devem ser centros de conhecimento e não "prestadores de serviços educativos".
2. O ensino superior vai degradando porque no modelo existente de financiamento as universidades são obrigadas a admitir alunos incompetentes, e eventualmente os "passar".
O País está em crise educativa generalizada, resultado das políticas governamentais dos últimos 20 anos, que empreenderam experiências pedagógicas malparadas na nossa Escola. Com efeito, 80% dos nossos alunos abandonam a Escola ou recebem notas negativas nos Exames Nacionais de Português e Matemática. Disto, os culpados são os educadores oficiosos que promoveram políticas educativas desastrosas, e não os alunos e professores. Os problemas da Educação não se prendem com os conteúdos programáticos ou com o desempenho dos professores, mas sim com as bases metódicas cientificamente inválidas.
Ora, devemos olhar para o nosso Ensino na sua íntegra, e não apenas para assuntos pontuais, para podermos perceber o que se passa. Os problemas começam logo no ensino primário, e é por ai que devemos começar a reconstruir a nossa Escola. Recomendamos vivamente a nossa análise, que identifica as principais razões da crise educativa e indica o caminho de saída. Em poucas palavras, é necessário fazer duas coisas: repor o método fonético no ensino de leitura e repor os exercícios de desenvolvimento da memória nos currículos de todas as disciplinas escolares. Resolvidos os problemas metódicos, muitos dos outros, com o tempo, desaparecerão. No seu estado corrente, o Ensino apenas reproduz a Ignorância, numa escala alargada.
Devemos todos exigir uma acção urgente e empenhada do Governo, para salvar o pouco que ainda pode ser salvo.
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