terça-feira, 2 de outubro de 2007

CHAMAVA-SE NÉNÉ... E NUNCA MAIS A VI ATÉ!!!

Não, não se chamava Nini nem dançava para mim, como dizia a canção do Paulo de Carvalho! Chamava-se Néné e descobri que faz hoje 30 anos que não a vejo... isto depois de andar a vasculhar nos meus escritos do século passado...

A Néné andava na mesma escola que eu, no Pragal, e vivia em Almada, no n.º 1 da Rua Infanta D. Beatriz. Como não tenho nenhuma fotografia dela, direi que a Néné era baixa, magra, tinha o cabelo preto, curto, no final do ano lectivo cortado à «Malvina» da telenovela Gabriela - que estreou na RTP na Primavera de 1977. Foi no dia 1 de Outubro desse ano que vi pela última vez a Néné, na Academia Almadense, num filme de que eu não me lembro o título!

Três ou quatros anos depois convidei-a por correio (sim, na altura escrevia-se cartas!) para a minha festa de anos, mas foi a mãe dela que me telefonou a dizer que ela não podia ir. Alguns anos mais tarde soube pela sua melhor amiga - a Manela, entretanto professora e directora de turma da minha irmã mais nova - que a Néné tinha ido para França e que nunca mais dera sinal de si - também perdi o rasto à Manela e parece que definitivamente à Néné...

Bom, se por mero acaso alguém souber do seu paradeiro agradeço que me informe... É que eu tenho um disco de vinyl para lhe devolver... Com 30 anos de atraso!!!

E vocês, não há ninguém que nunca mais tenham visto desde os tempos da escola e que gostariam de encontrar?


30 comentários:

Sol da meia noite disse...

Há sempre alguém...

E nem é preciso que tenha passado tanto tempo assim desde o último encontro...
Pode ter passado pouco, tipo dois meses, um mês e dois dias...
E mesmo que não haja o que devolver, talvez o que dar...
;)

Aqui deixo beijos!!!

Cristina disse...

Estás a puxar o meu lado nostálgico. Existem dezenas de pessoas que eu gostava de reencontrar... a tua história faz-me lembrar uma situação que tive há algum tempo. Andava eu descansadinha, a passear em Leiria com a minha mãe; para variar estava na palhaçada, e estava a ler em voz alta todos os outdoors que ia encontrando. Ouvi uma voz "Sempre leste muito bem, e a tua voz continua bonita". Surpresa das surpresas... era a minha professora da primária!

Beijinhos (nostálgicos)!! E boa semana!

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Alexandre, grata pela visita e comentários.
Tens aqui um lindo texto!
Claro há sempre algúem que gostariamos de encontar!
Mas é difícil, depois de tantos anos em Lisboa.
Muitos Beijinhos!
Fernandinha

Cusco disse...

Olá Alexandre! Pois é ….Tanto que eu o gostava de encontrar…
O puto sem responsabilidades que faltava às aulas para jogar futebol..O puto que às escondidas fumava os primeiros cigarros e bebia as primeiras cervejas…O puto que começava a piscar o olho à primeira namorada….Pois é!
Onde é que ele está? Eu acho que sei pois nunca me consegui livrar dele…
Abraço!

turbolenta disse...

Com o passar do tempo perdemos as amizades da infância(e não só). Há sempre alguém de quem nos lembramos. Há caras que nunca esquecemos.Já me aconteceu ver alguém na rua e pensar: conheço esta cara não sei donde.
Por mais que tente reavivar a memória, nada surge a explicar.
Mas também há aqueles rostos que basta passarmos por eles, mesmo de relance, e vem-nos à memória rostos de infância,tempos passados, memórias de escola.
Tudo passa. A memória vai-se definhando. Fica a saudade e por vezes uma ténue lágrima ao canto do olho
boa semana

Parvinha da Silva disse...

A vida afastou-me da minha maior amiga - a Manela. Perdemo-nos o rasto. Talvez os mesmos 30 anos, ou mais.

Descobri-a. Chorei de alegria quando lhe telefonei. Marcámos um almoço. Foi um dos momentos mais penosos da minha vida. Já nada tínhamos em comum e os anos tinham apagado o que um dia tiveramos. Nunca mais nos voltámos a ver.

É difícil recuperar um nó que se 'desdá'.

Andreia disse...

Sim, a Kika foi para o Suíça e nunca mais a vi!

Anónimo disse...

2007-10-02 - 12:48:00

SERÁ Q ELA ANDA POR AÍ DESEMPREGADA?

Dados do Eurostat
Taxa de desemprego sobe em Portugal
A taxa de desemprego em Portugal sofreu um agravamento em Agosto, fixando-se nos 8,3 por cento da população activa, o que faz com que o nosso país ocupe o quinto lugar na lista de países com maiores níveis de desemprego entre os 27 Estados-membros da União Europeia.







De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat, o departamento de estatísticas das comunidades europeias, Portugal foi o país que sofreu o maior agravamento na taxa mensal de desemprego, que saltou de 7,5 por cento em Julho, para 8,3 por cento em Agosto.

Pela primeira vez em mais de 20 anos, Portugal registou uma taxa de desemprego superior à da vizinha Espanha, que apresentou uma taxa de 8,0 por cento em Agosto. Pior do que o nosso país, ficaram apenas quatro países: Eslováquia (11,1%), Polónia (9,1%), França (8,6%) e Grécia (8,4%).

A Flor disse...

Há sempre alguém que pertenceu ao nosso passado, que recordamos com muito carinho...

Os meus amigos do liceu, grande parte deles, ainda hoje fazem parte do meu grupo de amigos....

Infelizmente, não me lembro muito do tempo da primária!!! poucas recordações tenho dessa altura...

Beijo chuvoso da Flor

BF disse...

Nos desencontros da vida quantas pessoas que nos marcaram ficam pelo caminho e de vez em quando teimam em assomar na janela das memórias.

Jinhos
BF

Luís Galego disse...

tenho muita pena de não saber onde paira a Néné...porque romãntico como sou, levar-te-ia até ela....poético este post...

GarçaReal disse...

Talvez...Nunca se sabe.

bjgrande

Aragana disse...

E não temos todos ALGUEM dos tempos de estudante que "perdemos" e gostávamos de encontrar?

Eme disse...

Alex, Alex... concidência ou não vou partir quinta feira para Paris. Até sorri ao ler-te hoje, sobretudo com a última parte "E vocês, não há ninguém que nunca mais tenham visto desde os tempos da escola e que gostariam de encontrar?", porque é precisamente o que me leva a fazer esta viagem após 23 anos. Suponho que há uma néné na vida de cada um. Se eu a encontrar pergunto-lhe se lhe falta um vinil. Entre outras coisas, vou tentar encontrar os/as nénés que perdi de vista, porque nunca me limito a sonhar. se puder,concretizo, sempre.

Beijo grande em ti.

Alice Matos disse...

Querido Alex...
Gostaria de rever tanta gente...
Principalmente um professor... Luis Souta... Deu aulas na Póvoa de Santa Iria e fez a diferença na minha vida... acreditou em mim...

Um beijo...

Alice Matos disse...

P.S. Há precisamente 29 anos atrás...

Filoxera disse...

Claro, há algumas pessoas de quem fui amiga que gostaria de reencontrar. Se calhar, não teríamos nada em comum...
Mas também há aqueles que, sendo supostamente amigos, ficam tempos e tempos isolados, sem responder a nada, alguns dos quais nos desiludem nos momentos menos indicados. E os que a vida perdeu, levados por um acidente ou uma doença.
Felizmente, vamos encontrando novos amigos. Infelizmente, não com a mesma facilidade de quando éramos miúdos.
Beijos.

Juℓi Ribeiro disse...

Alexandre:

Te visitar é sempre um prazer.
Lindo texto!
A tua pergunta eu gostaria de responder com outro texto que adoro
e que diz muito sobre como me sinto em relação as minhas recordações.
Está é a minha resposta:

... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre...
(Miguel Sousa Tavares)

Um abraço e a minha admiração.

Shelyak disse...

Uma grande questão que aqui colocas, principalmente porque tenho pensado num tema intimamente relacionado com isto...
Aiiiiiiiiiiiii mais força me deste...:)
As minhas desculpas por aqui não dizer o que é :(
Abraço :)

BlueVelvet disse...

É tão giro podermos dizer "no séc.passado" e ter sido há tão pouco tempo!No nosso tempo!
Haver há, mas por um acaso,já tem acontecido encontrar alguém e depois da festa inicial, do" o quê que estás a fazer,e casamento, como é,tens filhos, a conversa morre.
A franjinha à Malvina desapareceu e sem ela a NéNé é uma realidade que não se encaixa na nossa recordação.
Prefiro deixar as recordações no seu baú.
Bjinhos
BlueVelvet

Kalinka disse...

OLÁ AMIGO
Há sempre alguém...
que «perdemos» depois ao longo da Vida!!!

Obrigado pela tua presença no kalinka. Não sei se leste, continuo com o alfabeto, mas a letra F teve que ser feita por 2 x, e um segredo só para nós: não terminei com as palavras todas que encontrei na minha memória, será que fica mal fazer uma 3ª parte?
Por vezes penso que estou a cansar quem me visita e lê...

Beijokitas.

Maria Clarinda disse...

Claro que sim...tanta, e outras em especial que me marcaram, algumas com ferro em brasa pois não querem desaparecer de minhas memórias...
Adorei o teu post.
Jinhos

Unknown disse...

Agora fizeste-me ter saudades de outros tempos... Fiquei assim com um nó na garganta...
Tantas pessoas que gostaria de rever, de saber notícias, se estão bem ou nem por isso...
Mas há uma especialmente que me lembro imenso... Chamava-se Teresa e eramos super amigas! Desde o 9º ano que não sei nada dela...

Beijinhos

PoesiaMGD disse...

Não parece fácil encontrar a tua amiga...
Todos temos alguém que gostaríamos de encontrar...
Um abraço

Lusófona disse...

A vida tem dessas coisas... Acho que há razões para as pessoas aparecerem e desaparecerem das nossas vidas, elas ficam o momento preciso a ficar, depois vão, mas outras permanecem.... engraçado...
Encontrei algumas pessoas do tempo de escola no orkut, inclusive familiares... é a tecnologia unido pessoas, [re]encontrando amigos... Que maravilha, não?!

Um grande beijo

De Amor e de Terra disse...

Quantos e quantas eu gostaria de rever, com 30 ou mais anos de atraso!

Por causa da amnésia, esqueci alguns/algumas completamente; quem sabe até eu passe por eles, raramente embora, na minha Aldeia e já nem saiba quem são...
Tenho por vezes a sensação de que alguns dos rostos que vejo, os conheço doutras eras...

Nostalgias da idade certamente!

Beijos Alex

Maria Mamede

Jasmim disse...

eu não via uma amiga há mais de 11 anos, encontramo-nos na Nazaré foi muito agradável.
bjocas

*Um Momento* disse...

Mas a Néné ficou ai no coração
E sim... há sempre alguém que recordamos e desejariamos abraçar
Se há...
Deixo um beijo
(*)

Anónimo disse...

Penso que agora, com emails e tudo, é mais fácil eu manter o contacto com amigos meus daqui a uns anos!

E, verás, a Nené ainda aparecerá para ir buscar a tua casa o disco de vynil! XD

Tiago

Su disse...

o tempo....a vida...os desencontros............

fica a saudade do vivido


jocas maradas ...sempre